Cavalieri
Fez duas defesas no jogo: uma, com os olhos, num chute da entrada da área que raspou seu ângulo e a outra, com as mãos, no apagar das luzes. Alguns comentários que seriam feitos há uns 30 anos atrás: ?nem vai precisar lavar o uniforme?, ?ganhou o bicho fácil?, ?poderia ser trocado por um cone?.

Bruno
Segunda boa partida consecutiva. Arriscou, foi para cima, ganhou na corrida, criou muitas opções pela direita. Se soubesse cruzar em velocidade, dificultaria o corte do adversário. Para melhorar, Cristóvão precisa incluir em seus treinamentos, a aproximação de alguém para auxiliar na definição do lance e aumentar o aproveitamento.

Gum e Elivélton
Tiveram a vida facilitada devido à inexistência ofensiva do adversário. No fim do jogo, tomaram algumas bolas nas costas pelo relaxamento da marcação do meio-campo. Ainda percebe-se certa intranquilidade. Também, a dupla precisa evitar faltas desnecessárias ao segurar, por trás, o adversário.

Carlinhos
O seu segundo tempo foi melhor do que o primeiro, quando participou mais das jogadas ofensivas. Foi algumas vezes ao fundo, noutras, cortou em diagonal para o chute. Quase marca um golaço.

Diguinho
Chegou bem na intermediária do Figueirense. No entanto, fez algumas jogadas displicentes.

Valência
Entrou no final, mas evitou um gol certo do Figueirense. No meu entender, seria titular no lugar do Diguinho porque protege melhor a dupla de zaga.

Jean
Alternou bons momentos no apoio com outros em que sumiu. Quando toca de primeira, dificulta a marcação do adversário e a bola chega bem nos pés de Wagner ou de Conca.

Wagner
Ótimo primeiro tempo. Trabalhou muito para apoiar e levar a bola até o ataque. Sofreu o pênalti que Fred converteu. Correu tanto que cansou e saiu no segundo tempo.

Biro Biro
Não foi a Flecha de outros jogos. Embolou no meio. Deveria ter se colocado bem aberto na esquerda ou na direita, como autêntico ponta.

Conca
O lutador de sempre. Tem a capacidade de recuperar bolas que estão perdidas. Mandou uma bola no travessão. Distribuiu o jogo com a inteligência de sempre.

Rafael Sóbis
Depois de um gol incrível perdido no comecinho do jogo, marcou um golaço aos 31?: um chute de chapa, no ângulo. Construiu o terceiro gol ao insistir numa bola perdida. Correu e brigou o tempo todo. Um leão. Excelente partida. Aliás, foi o melhor jogador em campo.

Walter
Não teve nenhuma oportunidade de finalização. No mais, recuou para ajudar na distribuição da bola.

Fred
Jogou muito bem fazendo o pivô. Inclusive, fez uma excelente ajeitada para o gol de Sóbis. No pênalti, ao contrário das vezes anteriores, bateu muito bem. Melhorou fisicamente, mas ainda está longe daquele jogador da Copa das Confederações.

Cristóvão
Mandou o time a campo para sufocar, incessantemente, o Figueirense. Nítida a evolução tática. Há compactação, melhorou a saída de bola, diminuiu a ligação direta, aumentou a posse de bola. Ainda precisa trabalhar o sistema defensivo para proteger mais a zaga. Também, o estado de espírito dos jogadores é outro.

Árbitro
Logo aos 10?, um erro incrível dos três árbitros (titular, bandeirinha, de fundo) que estavam no lance: num cruzamento, a bola é cabeceada pelo zagueiro do Figueirense para escanteio. Impossível nenhum dos três ter visto. Erros como esses comprometem a arbitragem. Outro detalhe: evitou dar uns dois cartões quando o jogador do Figueirense matou a jogada. De resto, fez uma partida tranquila.

Revisão: Rosa Jácome

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