O fato de o Fluminense ter um jogador como esse infeliz e patético Kayke mostra a que ponto chegamos. O cabra não é só ruim de bola. É chupa-sangue, sem caráter, preguiçoso. E o pior: temos uma diretoria que o contrata e um técnico que o escala!

E pensamos que os anos 90 jamais se repetiriam. Minto. Na verdade, morríamos de medo disso, porque foram tempos traumáticos. Com esse time, esse ataque, esse técnico, só temos chance de ganhar do Paraná em casa.

Eu havia escrito que não via como este nosso time vencer alguém. Para minha surpresa, ganhamos do horroroso time do Botafogo, graças a uma defesa de pênalti do goleiro Rodolfo. Vocês, sinceramente, acreditam em alguma outra vitória?

Engraçado que começamos jogando bem, de forma organizada, embora defensiva. Mas sempre sabemos que a coisa não dura, os jogadores se desconcentram, erram demais. A gente sabe que perder é questão de tempo.

O pesadelo em forma de monstro chamado Kayke desperdiçou uma raríssima jogada do Marlon pela esquerda. Foi o momento em que eu me conformei: vamos perder, e feio, pensei. Não desisti do jogo por absoluta e irracional paixão.

Aquele golzinho de falta ?ensaiada? no final do primeiro tempo só se justifica em um time desconcentrado e com três meses de salário atrasado.

E aí o ?professor? Marcelo Oliveira resolveu desmontar de vez o que já era ruim. Tirou o Dodi e pôs Marcos Júnior. A velha mania de achar que povoar o ataque de perebas pode mudar alguma coisa.

Por incrível que pareça, nosso melhor jogador hoje, além de Digão e do goleiro Júlio César, é o Everaldo. Ou seja, estamos no nível do São Bento de Sorocaba, cujo maior feito na sua história foi revelar Luís Pereira, o Chevrolet, no comecinho dos anos 70.

A diferença é que o São Bento tinha uma diretoria muito melhor, correta, e pagava salários em dia, embora baixos.

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