Vamos Brincar No Brasileirão.... (10/07/2018)
Vamos imaginar um sujeito endividado e quebrado. Papagaios pendurados em bancos. Aluguel atrasado, dívidas com a padaria, o açougue, cartão de crédito já cancelado - e devendo juros absurdos.
O salário, claro, acaba no dia do pagamento; vai direto aos credores, sem que o pobre coitado veja a sua cor. Já começa o mês no cheque especial. Restam 30 dias do mês pela frente, sem um puto no bolso.
Para comprar comida, com as crianças e a patroa reclamando em casa, o sujeito então resolve pedir empréstimos mensais a agiotas, porque os bancos não aceitam emprestar a quem não tem cadastro limpo. Ou seja, um suicídio, porque o agiota não recorre à Justiça. Tem outros meios.
Pois esse mesmo suicídio está sendo cometido pelo Fluminense, mas como instituição. Paga salários e despesas mensais com empréstimos sucessivos cada vez mais perigosos ? e o pior: mesmo enforcando-se em novas dívidas, nunca põe tudo em dia, sempre falta dinheiro.
E nós somos obrigados a ler que o clube está sendo ?saneado?, que o próximo presidente vai receber um Fluminense ?melhor?. A dívida total do clube já é maior do que o patrimônio imobiliário do clube. Talvez até maior do que a soma do patrimônio com os direitos econômicos dos jogadores. Sei lá.
Resta fazer piada: ?A Copa acabou para nós, agora vamos ter só alegria ao longo do Brasileirão?. A fuga do rebaixamento será como a conquista de um campeonato, porque os salários vão atrasar ainda mais, e sem dinheiro não há salvação. Sem dinheiro, sem comando, sem objetivos. Um barco à deriva e fazendo água por todos os lados.
Começamos bem a segunda parte da temporada, perdendo para a Portuguesa em amistoso no CT Pedro Antônio. É uma pista sobre o que nos espera.
Nem dá para esticar mais o artigo, porque estou muito pessimista com o futuro do tricolor.
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