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Gil Carneiro De Mendonça 2 (25/11/2017)

Os torcedores mais jovens do Fluminense não se lembram de Gil Carneiro de Mendonça. O seguindo pior presidente da história do Fluminense, que nos levou ao primeiro rebaixamento e quase destruiu o clube. Gil renunciou em 14 de novembro de 1996, quando o clube ia célere para o fundo do poço.

Seu sucessor foi o pior de todos, Álvaro Barcelos.

Barcelos, além de nos atirar na terceira divisão, roubou o clube. Perdeu em uma mesa de pôquer uma das cotas mensais de tevê do Fluminense, que estava na miséria e com vários meses de salário em atraso.

Barcelos manchou definitivamente a história do clube ao comemorar com a abertura de uma cidra de má qualidade o não-rebaixamento no fim de 1996, diante de câmeras de tevê. Nosso clube nunca conseguiu se recuperar totalmente dessa maluquice. O vigarista renunciou e acabou expulso até do quadro social.

Nosso atual presidente, ao contrário de Álvaro Barcelos, é um homem honesto e bem-intencionado, mas é um desastre como presidente. Lembra Gil Carneiro de Mendonça pela apatia, pela falta de energia, pelo desespero e sentimento de impotência que transmite ao torcedor que ouve suas entrevistas.

A apatia, a falta de liderança e a ausência de imaginação e talento se irradiam por todo o futebol do clube e chegam ao time de futebol, principalmente porque abaixo do presidente está o Alexandre Torres, que parece morto em vida. Completa o quadro sinistro o atraso sistemático de salários.

Tudo recai em cima do Abel, que está longe de ter capacidade para assumir isso. O pobre Abelão, errático e confuso, está completamente perdido.

Pedro Abad entra firme na disputa com Gil Carneiro de Mendonça pela liderança na condição de pior presidente da história do clube. Está embolado por enquanto com Roberto Horcades, Ângelo Chaves e Fábio Egito.

Neste ano, escapamos do rebaixamento sabe-se lá como. No próximo ano, poderemos não ter tanta sorte. A técnica de gestão da atual diretoria é a seguinte: deixar os salários atrasarem até quase três meses e então vender quem tiver mercado.

Com o dinheiro da venda, os salários são quase postos em dia, mas voltam a atrasar outros três meses; e se for possível vender alguém, que se venda, para garantir outro trimestre de atraso. Os resultados em campo simplesmente não interessam, o Fluminense virou um escritório de contabilidade mal gerido.

Se analisarmos friamente o Fluminense a partir do orçamento que está em execução agora, em 2017, corremos o risco de concluir que o clube é inviável e está destinado a morrer em curto espaço de tempo. O déficit previsto era de R$ 75 milhões para o ano, e havia a esperança de venda de jogadores para cobrir o rombo.

Com a venda de Richarlison, que desmontou nosso time, ficaram faltando outros R$ 35 ou 40 milhões, alguma coisa em torno disso. Como tudo indica que Wendel não será vendido, esse rombo será transferido para o orçamento do ano que vem.

Como a diretoria não consegue novas fontes de receita, teremos a certeza de que 2018 será talvez até pior do que 2017, porque vamos iniciar o ano com um elenco pior. Teremos mais atrasos salariais, cotas de tevê estarão perdidas porque foram antecipadas, e novas humilhações nos esperam.

Nesta marcha, em dois ou três anos estaremos na segunda divisão, inadimplentes e sem possibilidade de recuperação. Talvez com sérios problemas com a legislação esportiva e com a Procuradoria da Receita Federal, por atrasos no Profut e nos impostos correntes. O caminho da destruição.

É estarrecedor como a pequena Chapecoense perdeu todo um time titular e de suplentes no acidente de avião e, em cima da hora, montou um time que chegou muito à nossa frente e que nos derrotou com requintes de humilhação.

Inclusive com o Fluminense pagando boa parte do salário de um dos seus jogadores, Wellington Paulista. É por isso que minha sugestão continua sendo uma negociação interna no clube para uma renúncia e a posse por aclamação de um novo presidente que tenha um perfil empresarial e de liderança, que nos salve do desastre.

Foi o que aconteceu quando saiu Álvaro Barcelos e chegou-se a um triunvirato, que acabou levando ao cargo David Fischel, que pegou o time na terceira divisão, trouxe Carlos Alberto Parreira e a Unimed e, dois anos depois era semifinalista do Brasileirão.

É bem verdade que havia homens como Manoel Schwartz e Francisco Horta, que ajudaram a trazer a Unimed, o Parreira e até a ajuda substancial do Banco FonteCindam, que acabou quebrando em um escândalo de informação privilegiada durante a desvalorização do Real, em janeiro/fevereiro de 1999.

De lá para cá, não tivemos mais lideranças, empresários, homens com trânsito no mercado para conseguir investimentos, com capacidade administrativa e credibilidade. A Flusócio é apenas um grupo de jovens de classe média com muita vontade, muita vaidade e teimosia.

Eu gostaria da solução negociada, mas os egos, as vaidades, infelizmente, são maiores até do que a nossa torcida. Preferem continuar com o processo de destruição do clube por incompetência e inexperiência administrativa e de futebol.

Sobre Abel Braga e o elenco, há jogadores que não podem mais sob nenhuma hipótese vestir a camisa tricolor: Lucas, Renato Chaves, Marlon Freitas, Orejuela etc. Wendel, Scarpa, Robert parecem ter desistido do futebol. Ou do Fluminense. Henrique poderia ficar, mas não pode ser titular, assim como Marlon.

A péssima administração consegue ter mais de 10 jogadores, sei lá quantos, emprestados pelo país e pelo mundo afora. Alguns vão retornar, mas nenhum deveria ser aproveitado. Há uma outra ameaça pairando no ar: Abel quer indicar jogadores baratos!

Vamos a uma breve lista de jogadores indicados e elogiados por Abel: Milton do Ó, Marco Aurélio Vera Verão, o zagueiro Anderson (?ele é tão bom que não sei até hoje se é canhoto ou destro?), Romarinho, Matheus Sales (é hoje o terceiro reserva no Bahia), Barcos (que vimos pela LDU se arrastando em campo, com pernas finas e barriga grande) e Wellington, fazendo vergonha no Vasco.

O cenário é de terra arrasada, e tende a ser pior em 2018. O Fluminense está nos fazendo mal à saúde.

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