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No Meio Do Caminho Tinha Um Marcelo; Tinha Um Sandro No Meio Do Caminho (18/05/2014)

Grêmio x Fluminense

1º Tempo

Como esperado, o Grêmio partiu para cima, mas a marcação adiantada do Fluminense dificultou a chegada ao gol de Cavalieri.

Durante os primeiros 20 minutos, o Grêmio teve espaços para investir, principalmente, pelo lado de Bruno. Depois, o Fluminense ocupou o campo do Grêmio e trabalhou a bola com toques rápidos. Balanceou seus ataques pela esquerda, com Carlinhos e Wagner, pela direita, com Bruno, e pelo meio, com a chegada de Jean. Rafael Sóbis aproximava-se de Fred. Conca se movimentava pela intermediária e distribuía o jogo.

Com esta configuração, o Fluminense criou duas excelentes oportunidades: aos 25?, Fred aproveitou um cruzamento de Bruno e cabeceou forte, para o chão, como diz qualquer cartilha do bom atacante. No entanto, no meio do caminho tinha um Marcelo, que fez uma defesa espetacular. Logo em seguida, Rafael Sóbis pegou uma bola na entrada da área, mais para a esquerda, cortou para o meio e bateu de curva, procurando o ângulo. Mais uma vez, o goleiro gremista estava no caminho.

O gol era questão de tempo, mas, futebol é futebol e vice-versa. O Grêmio marcou primeiro. Na verdade, achou um gol. A defesa do Fluminense estava deslocada para a direita e deixou espaços. Rodriguinho se aproveitou e, numa bola enfiada na posição em que deveria estar o Elivélton, foi mais rápido do que Jean e bateu na saída de Cavalieri.

O time gaúcho se aproveitou da vantagem e inverteu o panorama do jogo: saiu da pressão que sofria e foi para cima. O primeiro tempo terminou com o Fluminense um pouco desarrumado.

2º Tempo

O Fluminense não voltou com a mesma convicção na marcação e, nos primeiros movimentos da etapa complementar, deixou o Grêmio trocar passes. Mas chegou ao ataque primeiro: aos 4?, Rafael Sóbis recebe na última linha da defesa, avança e bate cruzado. Marcelo mais uma vez, salva o Grêmio.

A partir dos 10?, o Fluminense retomou o controle do jogo e ocupou o território gremista. Cristóvão mandou Walter a campo e, na sua primeira participação, lançou Fred na marca do pênalti, mas o artilheiro bateu em cima da zaga.

Aos 23?, o árbitro expulsou Fred. Foi uma expulsão exagerada, mas Fred caiu na provocação do adversário. Mesmo com um a menos, o Fluminense continuou com o domínio do campo, mas, sem Fred na área, Walter saiu da boa função que exercia, a de lançador, para ocupar a referência de ataque.

Cristóvão colocou Biro Biro e Chiquinho para explorar alguma velocidade, mas o Grêmio estava todo recuado. Então, partiu para o abafa: uma sequência inútil de cruzamentos. O Grêmio se fechou e tentou sair nos contra-ataques. Conseguiu alguns perigosos, mas o egoísmo de seus atacantes não permitiu a ampliação do placar. Aos 42?, a única jogada de lucidez pelo lado do Fluminense: Walter deu um balaço de longe e Marcelo jogou para escanteio.

Ficasse mais um ano jogando, o placar não seria alterado.


Cavalieri
Praticamente, assistiu ao jogo. Foi chamado no gol do Grêmio, mas não teve nem tempo de reação. No segundo tempo, alguns contra-ataques levaram perigo ao seu gol, mas interveio muito pouco.

Bruno
Muito acionado. Ganhou quase todas as corridas até o fundo do campo, mas errou muito nos cruzamentos. Interessante que, quando acertou, foi com a perna esquerda no lance em que Fred cabeceou e Marcelo Grohe brilhou. Se aumentar o índice de acertos o Fluminense vai aumentar muito as conclusões ao gol.

Gum e Elivélton
A dupla ganhou mais do que perdeu. No primeiro tempo, foram pouco exigidos, mas estavam mal posicionados no gol do Grêmio. Gum saiu para marcar Barcos na posição em que deveria estar o Bruno. Com isso, houve o deslocamento do Elivélton para o meio e, assim, surgiu o espaço para Rodriguinho entrar em velocidade. No segundo tempo, o avanço do time para tentar o empate, expôs a dupla que teve várias jogadas no mano-a-mano. Mesmo assim, conseguiu evitar o segundo gol.

Carlinhos
Chegou muito ao ataque no primeiro tempo. Com a ajuda de Wagner, envolveu o Pará, mas seus cruzamentos não encontraram o ataque. Caiu de produção no segundo tempo. Essa é uma questão a ser observada pela comissão técnica: a diferença entre os dois tempos do lateral, que caiu demais na etapa complementar.

Jean
Começou muito bem. Chegou à frente bem mais do que em outros jogos. Foi o responsável pela inversão de jogo e, também, pelas conclusões de média distância. No segundo tempo, ficou indeciso entre apoiar e proteger a zaga. Assim, não fez bem a transição da defesa para o ataque.

Diguinho
Fez uma marcação fortíssima no começo do jogo. Ganhou muitas bolas assim. Interessante é que tem marcado melhor e cometido bem menos faltas. No segundo tempo, com a marcação mais forte do Grêmio, teve dificuldades em chegar ao campo adversário. Tem sido outro jogador nas mãos de Cristóvão.

Chiquinho
Tentou trabalhar a bola para o ataque, mas não encontrou espaços.

Wagner
Correu feito um louco até a metade do segundo tempo. Assim, ajudou Carlinhos no apoio pelo lado esquerdo e compôs a primeira linha de defesa. Depois, caiu muito. Mesmo se doando muito, não tem sido muito efetivo nas jogadas mais agudas.

Conca
Não foi o monstro das jornadas anteriores. Passes errados e dificuldades para se livrar da marcação impediram que o argentino colocasse alguém na cara do gol. Saiu para a entrada de Biro Biro.

Biro Biro
A rápida recomposição do Grêmio e o forte bloqueio à frente do gol de Marcelo Grohe não deram qualquer chance. Foi peça nula na tentativa de reação.

Rafael Sóbis
Ocupou a meia esquerda. Só concluiu ao gol uma única vez. Não foi o mesmo de jogos anteriores.

Walter
Foi mais efetivo do que Rafael Sóbis. A expulsão de Fred atrapalhou os seus planos de preparador de jogadas e, então, foi obrigado a ser o homem de referência. Dá muito trabalho quando joga fora da área e deixa os adversários loucos.

Fred
Aos 25?, quase fez de cabeça, mas Marcelo Grohe fez milagre. No segundo tempo, fez boa assistência para Rafael Sóbis e, depois, uma conclusão em cima da zaga. Pouco para um jogador titular da Seleção Brasileira. Apesar do exagero em sua expulsão, entrou na única jogada que o Pará sabe fazer: provocação.

Cristóvão Borges
Armou o time do mesmo jeito que em outras partidas: compactação e posse de bola. Os números do jogo mostraram o imenso domínio territorial. No entanto, a rápida recomposição do time do Grêmio dificultou que a bola chegasse aos atacantes. Mesmo assim, o melhor jogador em campo foi o goleiro Marcelo Grohe. Outro ponto positivo, tem sido a recuperação de Diguinho nas mãos do técnico.
Talvez, tenha errado em manter o exausto Wagner em campo, mas o banco não lhe oferecia grandes possibilidades.

Arbitragem (Sandro Meira Ricci)
Arbitragem caseira. Qualquer contato na área, marcava falta. Forçou a barra na expulsão do Fred. O excesso de faltas do Grêmio não foi punido. Só 3 minutos de acréscimo? É fácil perceber o interesse do árbitro quando determina o tempo excedente.

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