Flu 1 X 1 Corinthians # Por Lierson - 31/08/2016

Ontem finalmente assisti ao jogo inteirinho. E constatei que não mudou nada. Foi sofrível e sacal. Precisei pôr dois palitinhos na vista para não dormir.

Nossos jogos estão parecendo missa, pois mesmo deixando de ir por um tempo, quando vamos é tudo sempre igual: Mesmo ritual, sequência e ladainha. E no caso do FLU, aquela missa bem chata e tradicional que o padre (bêbado) enrola a língua e emenda as palavras uma nas outras como se falasse latim, que não entendemos nada e que cochilamos de babar no momento das Leituras.

Time raramente consegue motivar o torcedor. Tanto que o único momento de "Uuhh" da galera foi num magistral lançamento do Cavalieri para o Scarpa, que em seguida concluiu rente ao gol. Mais nada!

Prevaleceu aquela máxima que de onde menos se espera, é que não sai nada mesmo. São muitos jogadores limitadíssimos juntos, tanto que dá desânimo só em ver os selecionados para as partidas. Além dessa limitação, irrita a insistência do nobre Levir com jogadores cujo rendimento é péssimo; e a manutenção de um esquema tático frágil, ineficiente e inapropriado para este tipo de elenco.

Time tem um buraco no meio de campo, que dificulta demais a saída de bola e criação de jogadas, e expõe demais nossa defesa. Paulistas várias vezes vinham com liberdade por ali até serem parados com perigosas faltas frontais.
São raras as jogadas pelas laterais e o posicionamento (invertido) dos jogadores só induz mais ainda o afunilamento e embolação no meio, pois todos só cortam para dentro. Dificilmente procuram a linha de fundo.
Nosso ataque inexiste. Nos últimos jogos, é difícil até para a TV, selecionar nossos melhores momentos.
E não aproveitamos nenhuma jogada de bola parada sequer. NENHUMA!

Então para amenizar isso e compensar essa limitação técnica, tem que:
- Montar um esquema que aproximem os jogadores, compacte mais o time, e dê liberdade aos melhorzinhos do elenco para contra-atacar (de forma rápida, coletiva e objetiva, é claro!).
- Reforçar a marcação no meio para os atacantes e laterais terem mais liberdade.
- Reconhecer que nosso time é fraco e então, como diz o jargão do futebol, "jogar feio" e com mais pegada, alma. Pois já vi times piores que esse, como o de 1991, 1992, 2000 e 2001, por exemplo, jogando melhor. E no próprio campeonato Brasileiro tem time pior que o nosso, melhor colocado.

Mas este modo de jogar não significa que tenhamos somente que nos defender. Pelo contrário... Tomadas as devidas proporções, devemos jogar semelhante ao Atlético de Madri, marcando firme, com dois jogadores na bola, e contra-atacando rápido. Não adianta partir para cima do adversário, se não temos capacidade para isso, e ainda tomar sustos. É notório! Só iludido acha que temos um bom plantel. Nem a diretoria, vide as decisões e ações de marketing que promovem, acredita no time que montou...

Portanto o esquema deve privilegiar aqueles que têm um pouco mais de recurso, que é o caso do Henrique, Cícero, Scarpa e Wellington. Restante, não fede nem cheira. Porém, até esses precisam melhorar. Alternam demais durante as partidas, e às vezes são individualistas e improdutivos demais.

Então a meu ver, o Levir deve voltar ao tradicional esquema com dois volantes de marcação, a fim de liberar um pouco mais os laterais. Transformá-los em alas e exigir que busquem jogadas de linha de fundo.
Avançar o Cícero para poder fazer o que faz melhor, que é a conclusão, pois ali naquela faixa que ele está atuando, não agrega em nada. Se bobear, é nosso jogador com maior poder de decisão.
E exigir mais movimentação e objetividade dos meias e atacantes.

Assim, por exemplo:

Cavalieri
Renato Chaves (Gum está suspenso) e Henrique
Pierre (ou Douglas mesmo) e Édson fixos na proteção a zaga e cobertura.
Wellington Silva (de ala direita, enquanto não tem outro), Cícero, Scarpa (pela esquerda) e Marquinho (de ala esquerdo).
Wellington (pela direita) e algum atacante (pois todos são horrorosos).

É o melhor que temos no momento.
A alternativa para conseguir ter um pouco mais de poderio ofensivo, que está pífio. Time não agride ninguém.

E assim tropeçamos contra um adversário desfigurado, até certo ponto, tão ridículo quanto o nosso time. Jogo foi horroroso, desanimador.

Quanto às atuações de ontem, raros foram regulares:

Cavalieri - Atento e seguro. Desta vez não teve culpa no gol, nem foi tão exigido. E melhor que fez foi uma ótima reposição de bola. Nota 6.

W. Silva - É dedicado na marcação. Mas é muito limitado na saída de bola e no apoio. Insiste tocar para trás, em driblar para o meio e quase sempre adianta a bola. Deficiência total nos passes (cruzamentos). Retrato disso foi uma jogada que se projetou bem, recebeu livre com espaço para avançar a linha de fundo e até tentar entrar na área, mas se preparou, deu aquela corrigida na passada e cruzou assustadoramente por trás da meta adversária. E é tão bisonho, que num rebote do frangueiro rival a bola pegou no cucuruco dele e subiu. Nota 4.

Gum - Regularidade e raça de sempre. Mas vacilou no gol quando tentou antever e antecipara a um passe e a bola foi inteligentemente lançada para quem se projetava no buraco que deixou. Nota 5.

Henrique - Dos zagueiros que temos é o que tem mais recurso. Porém ainda é pouco. Podia exercer uma liderança e participação maior (nas bolas paradas, por exemplo, tanto no cabeceio quanto no chute forte). Nota 6.

William (e como não tem outro é bobagem chamá-lo pelo nome composto) - semelhante ao que corre pelo outro lado. Fraquíssimo! Errou diversas saídas de bola, inclusive a que originou o gol adversário. Compensou apenas prensando um chute que daria a vitória ao time paulista após um contra-ataque rápido de 3 contra 2. Nota 4.

Douglas - longe demais da promessa do sub-20. Provavelmente precipitaram sua escalação, visando talvez, uma negociação. Mas ainda não tem cacife para ser titular. Nem marca bem, nem apoia bem. Não acompanhou o jogador que fez o gol. Ficou assistindo. Nota 5.

Cícero - Inútil demais jogando ali. Desperdício. Erro grave de quem inventou isso. Insistência burra. Nota 5.

Marquinho - Apenas a luta e correria de outrora. De bom só a tranquilidade para fazer o gol após falha do carranca adversário, pois outro, talvez isolasse. Mas nitidamente está aquém da sua melhor condição física. Nota 6.

Danilinho - Mais uma inexplicável contratação, pois nem quando era da codorna mineira prestava. E por deficiência técnica ou prender demais, gerou 3 perigosos contra-ataques do adversário, que se não fosse a ruindade de seus atacantes, teriam fechado a fatura ontem.

Scarpa - Único que se apresenta e toma a iniciativa do jogo, porém, devido a sua imaturidade e importância neste time medíocre, talvez tome mais do que deve.
Extremamente fominha, e o pior: Quer bater todas as faltas, escanteios e há tempo não temos êxito em nenhuma cobrança. Mesmo tendo Henrique, Cícero, Gum e Henrique, não fazemos um gol de cabeça sequer faz tempo.
E apesar de ser atualmente (para verem aonde chegamos) nosso mais importante jogador, está irritando, pois normalmente sempre toma a decisão errada. Nota 6.

Wellington - Mais um daqueles jogadores(inhos) que se tivesse mais inteligência e fosse mais objetivo, iria mais longe. Mas praticamente não chuta a gol. E atacante que não chuta, não é atacante. Além também, de sempre privilegiar o drible invés do passe ou chute. Não produziu nenhum lance eficaz. Desperdício de talento. Deve ver muito futebol de videogame. Nota 6.

Sem falar que irrita essa mania atual dos treinadores de pôr os jogadores invertidos em campo.
Fico imaginando o que os treinadores de hoje fariam com o Búfalo Gil, Tato e Renato Gaúcho.
Está certo que volte e meia isso é válido num deslocamento para surpreender ou confundir a zaga adversária, ou para cortar para dentro e chutar, mas sempre, atrapalha, atrasa, aporrinha.

Jogadores ficam todos tortos e toda defesa sabe que vão cortar para dentro. E quando cortam para a linha de fundo, falta a outra perna para fazer o chute ou cruzamento. Enquanto no lado certo, facilitaria o drible em velocidade em direção ao gol ou linha de fundo para o cruzamento. Mas preferem acabar com a perigosa e eficiente jogada de linha de fundo, para de vez em quando, um desses jogadores comuns (ainda se fosse o R10 no auge ou Neymar) acertarem um chute improvável.

Henrique - Figura nula em campo, que eu não esperava muito mesmo. Está certo que não recebeu nenhuma bola em condições, porém também não cria nenhuma oportunidade. Fraquíssimo tecnicamente. Deve entrar em campo mesmo só para ceifar a grama. Nota 3.

Marco Júnior - Ignora que esperando o passe para entrar na diagonal terá mais oportunidades de gol. Prefere ficar correndo atrás de pipa voada como sempre e dessa forma, dificilmente adiantará. Nota 3.

Levir - Acomodado e teimoso. E inexplicável porque precisando vencer, e tendo gente cansada em campo, abriu mão da última substituição. Fora a irritante mania de que precisa tomar gol para (somente aos 22 min do segundo tempo) mexer no time. E precisa reconhecer, como dissertei acima, que precisa mexer no time e no esquema urgentemente.

E para quem temia, a arbitragem foi boa e isenta. Marcou até um lance que apesar de estar na regra (e coíbe a #cera# muito mais que um cartão amarelo), poucos dão. E o Scarpa, desperdiçou...

Mas sigamos...
Que terminem logo o CT, passem logo as eleições (do FLU) vindo uma diretoria que se importe com futebol, e preparemos melhor 2017.

Pois o restante de 2016 (ainda mais sem patrocinador, estádio e time), só com muito A BENÇÃO JOÃO DE DEUS!

Até!
Bom fim de semana (vencendo o Figueirense, é claro)!

Lierson Ribeiro - lierson@bol.com.br


 
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