Recuperado da tristeza, e esquecida a promessa de um jejum de Fluminense por algum tempo, venho renovar minha confiança no nosso time, na tradição e na força da nossa camisa e, principalmente, na força da nossa torcida.

Estaremos na próxima Libertadores.

Nada mais há a dizer sobre o jogo, a não ser que o juiz estava decidido a prejudicar o Flu, embora, agora, pareça choro. Não é choro. Ele estava de má fé. Temos o melhor time do Brasil (o elenco, entenda-se), e estou orgulhoso dos nossos jogadores.

Venceram de forma categórica por 3 a 1, apesar da falha no gol sofrido e da péssima atuação no primeiro tempo em Quito. Mas o poder de reação do grupo é incrível, e estou confiante em que chegaremos, pelo menos, em quarto ou quinto lugar, garantindo lugar na próxima Libertadores.

A festa da nossa torcida foi impressionante e, em 50 anos acompanhando futebol, inclusive com presença dentro do campo em duas finais de Copa do Mundo, nunca vi uma festa tão linda, tão avassaladora quanto a dos tricolores no Maracanã. Nem mesmo quando o país dono da casa disputou a final.

A sensação de alívio de alguns #jornalistas#, o sarcasmo destilado pelos rubro-negros, inclusive jogadores deles, mostram que estamos vivíssimos e que a polarização no Rio de Janeiro voltou a ser Flu e Urubus. Vasco e Botafogo são meros coadjuvantes.

Levei meu filho de oito anos ao Rio para ver o jogo, e ao ver a cidade colorida de verde, grená e branco, bandeiras nas praias da Zona Sul e nas janelas de prédios, ele me perguntou: #Pai, todo mundo no Rio torce pro Fluminense! E o Flamengo?#

Lamentei demais a derrota pela tristeza que vi no rosto dos meus dois filhos, que me fizeram companhia no Maraca, por ver adultos e crianças chorando, mas a peteca não pode e não vai cair. A paixão está viva e renasce mais forte.

Estou convencido também de que a interrupção depois do jogo contra o Boca nos foi fatal. Nosso time vinha em um crescendo de garra, de futebol, de embalo, e dificilmente sofreríamos os quatro gols que sofremos lá em cima do morro equatoriano se o jogo acontecesse uma semana depois da apoteose contra o Boca.

Amigos torcedores, se é que alguém lê o que escrevo, não vamos desistir. O gostinho de faturar uma Libertadores já sabemos como é. Falta agora devorar tudo, e esse dia vai chegar!!! Estamos vivíssimos!!

Cezar Motta - cezar_motta@uol.com.br