Flu 1 X 1 Galo - Time já de Férias - Por Cezar Motta. - 29/10/2007

Há um tipo de funcionário público que representa uma tradição cultural brasileira difícil de erradicar, mesmo com a obrigatoriedade do concurso público:

É aquele que ganha mal (e usa isso como pretexto pra não trabalhar com dedicação), que não tem chance de evoluir profissionalmente porque não tem estímulo e nem cursos, aperfeiçoamento, reciclagem.

Mas, por hábito e tradição, não tem também qualquer interesse em evoluir, aprender novas coisas, e faz do trabalho uma triste, sofrida e absurda rotina que é, ao mesmo tempo, uma total falta de respeito com o cidadão que paga impostos (e, por conseqüência, o salário daquele tipo de funcionário).

Mesmo com o corpo mole, a enrolação, a grosseria e a fatla de respeito contra o cidadão que recorre ao serviço público, esse funcionário em questão jamais perderá o emprego, porque tem estabilidade.

A vida, para ele, é apenas uma sofrida espera da chance de ir tomar um cafezinho, da hora da saída e, finalmente, da aposentadoria.

O time do Fluminense, a esta altura do Brasileirão, lembra em quase tudo esse tipo de funcionário público. A única diferença é no salário baixo. Ao contrário, nossos craques são todos regiamente remunerados.

Jogar futebol, para nossos craques, virou uma sofrida rotina de entrar em campo, esperar as férias, o apito final do juiz e, se possível, evitar a derrota. Vencer, nunca, porque dá muito trabalho, obriga a correr, a dividir bolas.

Está provado também que a catilinária de Renato Gaúcho, de que os jogadores estão #sob observação#, e quem não aprovar fica fora da Libertadores, essa cantilena, repito, não funciona mais. Ninguém está dando a menor bola.

Só estão trabalhando com seriedade, esforçando-se em campo, Fernando Henrique, Thiago Silva, Luiz Alberto, Roger. Agora, nem mesmo o Fabinho está mais lutando como antes.

Contra o Atlético-MG, foi ruim e displicente, como o resto do time. Aliás, o Adriano Magrão também lutou contra o Galo, porque sabe que ainda não tem vaga no grupo para o ano que vem.

Nosso time já está de férias. O risco de vexames, humilhações, de sofrer goleadas desconcertantes como aquela contra o Goiás, é imenso em momentos assim.

Temo pelos resultados contra o Figueirense, contra o Náutico, contra o Parmêra, enfim, há um risco enorme de que a camisa do Fluminense, a nossa tradição, sejam novamente humilhados até o fim do campeonato.

Não há o que escrever sobre o jogo contra o Galo, porque o Fluminense, à exceção dos nossos bons zagueiros e do Adriano Magrão, não jogou. O Galo é um time indigente, fraquíssimo, com nível de segunda divisão. Mas chegou a desfilar em campo em alguns momentos, com enorme facilidade.

O Santos mostrou o que é o time do Goiás que nos aplicou a sonora goleada lá no Serra Dourada. Até Pedrinho fez gol, com grande facilidade, e conseguiu jogar bem. Se o Goiás, que nos meteu 5 a 3 e parecia turbinado contra nós, perdeu de 3 a 0 na Vila e levou um passeio, o que será do Fluminense?

Quem jogou futebol sabe que quando um jogador recebe uma bola, vê-se cercado, e ninguém se desloca ou encosta pra receber o passe e ajudar, ou o time está muito mal treinado, ou há má-vontade geral com aquele jogador, ou ninguém está mais a fim de jogar, bateu cansaço geral. O camarada que se vire lá com a bola. O Flu está assim.

Sinceramente, não sei o que pode ser feito para que terminemos o campeonato com dignidade, sem sofrer goleadas, com resultados normais, as esperadas vitórias, e apenas alguns empates e derrotas, em número consideravelmente menor. Mas a #psicologia aplicada# do Renato Gaúcho fracassou.

E, assim como, acredito, todos os tricolores, não agüento mais ver alguns jogadores com a camisa do Fluminense.

Estão sumariamente reprovados no vestibular, é puro desperdício de dinheiro, de trabalho, de paciência e uma falta de respeito com o torcedor.

Todos os amigos sabem a quais jogadores me refiro. Tomara que Celso Barros, Branco e Renato Gaúcho também saibam.

E que não entrem protecionismo e amizade na hora de montar o elenco para a Libertadores...
Temos também que ganhar o Campeonato Carioca, ou o Urubu nos alcança em número de conquistas, chegando aos 30 títulos...

Cezar Motta - cezar_motta@uol.com.br


 
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