Chego ao Maracanã atrasado e não vejo a volta olímpica dos tricampeões estaduais juvenis. Uma pena! Já que eu me desloquei de Niterói até Bangu para ver os jogos dos times do infantil e do juvenil do Fluminense contra o time do Bangu. O meu dia começou muito bem com as vitórias de 5 a 0 e 6 a 0, respectivamente, resultado do juvenil que gerou o já citado tricampeonato com duas rodadas de antecipação. Foi prazeroso ter o convívio dos amigos nesta manhã de sábado em Bangu. Foi totalmente relaxante, parecia que já preparava o espírito para um resultado não agradável no final do dia...

Bem, vamos ao jogo contra o Payssandú. Ao contrário do que eu esperava, o adversário entrou em campo se lançando ao ataque. Excelente para a armação do Fluminense que é, claramente, uma postura defensiva esperando uma roubada de bola para partir no contra-ataque. Havia pensado que eles viriam postados atrás esperando o desespero do Fluminense. Melhor para a gente, que aproveitava muito bem os contra-ataques para chegar toda hora na cara do Carlos Germano. A armação tática que o Flu utiliza funciona bem, com a zaga toda plantada e com o Marcão atuando como um libero adiantado na frente dos zagueiros. O primeiro combate fica sob a responsabilidade dos outros volantes. Com o Carlos Alberto com total liberdade de cumprir qualquer função tática e os dois atacantes puxando os zagueiros para as extremidades do campo. Não demora muito surge o gol! Numa falta na lateral da área do Payssandú, o Jancarlos cruzou no primeiro pau, Rodolfo raspa de cabeça e Joãozinho, livre, completa para o gol quase em cima da linha. Gol do Flu!!!!! Sorrisos na torcida. Parece que tudo acabará bem, parece que logo virá o segundo gol para que sele a nossa vitória, ledo engano...

Após algumas oportunidades perdidas de ambas as partes e com uma péssima atuação do juiz do jogo, que quase não marcava falta pro Flu e não dava cartões para o adversário, chega o final do primeiro tempo. A torcida vira de lado e antes do início do segundo tempo chega a primeira má notícia: Zé Carlos entra no lugar do César que não volta pro jogo por motivo de contusão. Começa assim, os primeiros protestos da torcida que até então estava bem paciente com o time.

Com início do segundo tempo, o Payssandú que também mudou, parte para o ataque, mas com uma diferença em relação ao primeiro tempo, pois utiliza a velocidade dos atacantes ao invés do toque de bola utilizado no primeiro tempo. A torcida do Flu começa a ficar impaciente com o time que não sai lá de trás, com isso surge os primeiros gritos de burro para o Joel Santana. Os ataques do Payssandú, graças a Deus, vão terminando sempre nas mãos do Fernando Henrique, que quando não consegue interceptar as bolas, as mesmas explodem na trave.

Mas, em mais um ataque deles, surge o gol de empate. Joel começa a mudar. Coloca Zada e um pouco depois Sorato nos lugares do Diego e Marcelo. Contudo as alterações não têm efeito nenhum, o Flu continua atrás e não consegue sair pro jogo. Não chega a ameaçar em nenhuma ocasião o gol adversário. Falta pernas a alguns jogadores, o coro de burro na torcida aumenta e o time não corresponde ao anseio de uma vitória da torcida. A partida chega ao final com um gosto amargo para todos.

Só gostaria que a torcida do Flu tomasse consciência que temos que apoiar a equipe neste momento, pois se este apoio não acontecer o pior pode vir e nós teremos que, no próximo ano, estarmos apoiando o time numa situação muito pior.



Marcelo Porto

Marcelo Porto - marcelo@vetor.com.br