Confesso que foi difícil ver o jogo todo...

Dia dos pais, telefonemas e rede social desejando feliz dia dos pais, café da manhã especial, visita dos sogros que geram conversas paralelas e principalmente, atenções divididas com a programação olímpica. Pois como o futebol brasileiro está muito chato e para muito com faltinhas que levam quase 1 min para bater, sempre dava uma trocada nos canais para ver o que estava passando sobre as Olimpíadas.

Por isso, desde o início (e concordei com o Levir) achei incoerente ter Brasileirão durante um evento mundial inédito e extraordinário no país. E isso tudo, mais a campanha irregular, explica o baixo público do jogo.

Assim, do que vi, notei que o Levir escalou o que temos de melhor no momento (fisicamente e tecnicamente); que barangas como Oswaldo e Dudu dificilmente voltarão a ter oportunidades; que continuam as dificuldades para armar jogadas, principalmente pelos flancos (e por isso nossa tamanha dificuldade em furar retrancas); que ainda insistem muito no chuveirinho; que desperdiçamos todas as jogadas de bola parada; e que temos sérias dificuldades para concluir bem as jogadas, onde num jogo mais disputado, pode nos custar o resultado.

Porém vi três belos lances: Com Scarpa, que tentou um golaço do meio de campo; no golaço do Henrique (finalmente!), que pegou de primeira um ótimo passe do William; e depois um belo passe de letra do Wellington, que matou toda a defesa adversário, mas o Henrique (que até o momento não convenceu) desperdiçou cara a cara.

Fora isso, aquela briga de foice saindo faísca no meio de campo e jogo no erro adversário. Por isso mesmo, a partida não segurou, como já informei, minha integral atenção.

Mesmo assim vibrei com a vitória, pois o importante é pontuar, principalmente contra o lanterna. E gostei do Renato e do William, com atuações muito voluntariosas; e do Scarpa e do Wellington, que tentam sair da mesmice e são os alentos deste time.

Agora com as suspensões, Levir terá novamente que mudar o time e consequentemente o esquema. E muitos que criticam o Cícero (que não é o meu caso), poderão ver o time sem ele e tirar suas próprias conclusões.

Enquanto isso, curtamos o show de esportes, alegria e integração (país está até mais leve, sem tanta notícia ruim na mídia) dos espetaculares Jogos Olímpicos do Rio, que embora saibamos que é momentâneo, está lindo e seguro (pelo menos aonde têm eventos e nas vias de acesso).

Levei meu filho para ver a seleção americana de basquete (oportunidade rara) contra a Sérvia, e no dia seguinte vi no telão do Boulevard Olímpico, o jogaço que o Brasil deu mole para a Argentina e valeu muito a pena! Está tudo muito bonito e animado. Energia ótima dos cariocas e turistas, que podia perdurar depois dos jogos.

Boa semana!

Lierson Ribeiro - lierson@bol.com.br