Nova Iguaçu 1 X 1 Fluminense - Por Cezar Motta. - 04/02/2007

Adeus, Taça Guanabara. Mas, antes de analisar o time, as atuações, a falta de padrão de jogo e o nervosismo dos jogadores, cabe uma constatação: o juiz nos roubou. Esse Djalma Beltrami é um conhecido covarde quando se trata de Flamengo e Vasco, e um notório ladrão contra o Fluminense.

Em primeiro lugar, só mesmo com muita má vontade, e desejo de bancar o #independente# contra um time grande, poderia ter marcado o pênalti naquela bola que bateu, involuntariamente, não mão do Luiz Alberto. A bola iria para fora, por que o zagueiro iria interceptá-la com a mão? Ele jamais marcaria aquele pênalti contra os outros três grandes do Rio, porque são clubes que têm dirigentes que defendem seus interesses.

Em segundo lugar, houve pelo menos dois outros pênaltis a favor do Flu, ambos solenemente ignorados pela escória que arbitrou o jogo. Um, no primeiro tempo, em que pelo menos dois jogadores do Nova Iguaçu derrubaram um do Flu. O outro, aos 30 ou 31 minutos do segundo tempo: Carlos Alberto jogou de cabeça a bola na área, na direção de Adriano Magrão. Antes que a bola chegasse, um zagueiro deles pulou sobre o Magrão e rebateu a pelota de soco, jogando-a longe da área.

Dito isso, resta constatar que não há esquema de jogo. O PC não consegue dar ao time um #jeito# de jogar, e isso desde que assumiu, no ano passado, e desde seus tempos de Cruzeiro. Alguém saberia dizer qual a função tática de cada jogador? Temos um bando em campo, cada um procurando fazer o que bem entende, todos nervosíssimos e inseguros.

Há o grave risco, para o qual já alertei, de que, em pouco tempo, a torcida vá-se tomar de implicância contra alguns jogadores, que não conseguem render o que podem, por causa da bagunça tática que é o time. Como não há esquema, não há tranqüilidade para jogar, e cada um busca fazer o seu. Os erros são evidentes.

Acho que isso explica em parte o fato de que Alex Dias recusou-se a dar entrevistas na reta final da pré-temporada na Granja Comary. Experiente, sabia que o time teria graves problemas, e temia pelo que pudesse dizer.

Quem viu o jogo com um pouco mais de calma (o que, reconheço, é difícil neste momento), percebeu que o Nova Iguaçu, mesmo com um time fraquíssimo (talvez o pior do campeonato), é muito mais organizado em campo. Chegou a ser melhor no começo e até criar situações de gol, como a do falso pênalti do Luiz Alberto.

Aliás, todos os outros times são mais organizados em campo do que o Flu. Eu vou ter toda a paciência do mundo com os jogadores, mesmo os que já são meio queimados com a torcida, como o Adriano Magrão e o Júnior César, porque, para mim, eles não têm culpa.

Aos 10 minutos de jogo, depois de uma ligeira pressão, o Nova Iguaçu cruzou uma bola na área pela ponta-esquerda. Luiz Alberto, com as duas mãos nas costas, fez a cobertura.

A bola lhe bateu nas mãos. No rebote, um atacante chutou sem direção. O nosso zagueiro ainda virava o corpo e, novamente, recebeu uma bolada no braço. O larápio de roupa preta não teve dúvidas: pênalti.

O Flu partiu desesperado para o ataque, como tem feito desde o começo. Em um escanteio, aos 18 minutos, o zagueiro deles já subiu tentando socar a bola. Errou, e Luiz Alberto conseguiu a cabeçada. Com a mão ainda erguida, o zagueiro desviou a bola # desta vez, sim, pênalti claro, porque houve a intenção, e a bola ia em direção ao gol.

Quem esperava uma virada rápida, enganou-se. O time continuou perdido, confuso, sem articulação de jogadas no meio de campo. Houve um outro pênalti, em que um jogador do Flu, acho que o Luiz Alberto, foi agarrado e derrubado por dois zagueiros do Nova Iguaçu ao tentar dominar a bola na área deles.

A esta altura, Carlos Alberto começou a perder o controle emocional, e poderia ter sido expulso por uma entrada absurda em um zagueiro. É preciso acalmar o Carlos Alberto, exigir dele serenidade, ou a coisa vai piorar. Quando perde a cabeça, toma cartões bobos e passa a jogar mal, querendo resolver tudo sozinho, e na base da força # o que não tem nada a ver com #raça#.

No segundo tempo, o panorama não mudou, embora o Nova Iguaçu demonstrasse cansaço e cedesse cada vez mais terreno. Mas o caos instalado no Flu permitia apenas uma pressão desorganizada e facilmente neutralizada pelo time da Baixada.

Houve pelo menos três bolas na trave e boas defesas do goleiro deles. PC tirou Thiago Neves e pôs André Moritz; tirou Alex Dias e pôs Adriano Magrão; tirou Soares e pôs Lenny, sucessivamente.

A melhor alteração, sem dúvida, foi a entrada de André Moritz que, acredito, acabará tendo vaga no time, porque sabe articular jogadas, virar o jogo, organizar o time # além de chutar bem. Aos 30 minutos, pressão total, dois cruzamentos seguidos sobre a área do Nova Iguaçu, sempre rebatidos pela defesa.

No segundo cruzamento, que veio da esquerda, o zagueiro rebateu e a bola veio em Carlos Alberto que, também de cabeça, jogou a bola na direção de Adriano Magrão. Antes que ele a dominasse, um zagueiro saltou sobre ele e rebateu de soco.

Pênalti escandaloso, que as repetições da transmissão comprovaram, e devidamente reconhecido pela dupla de baixinhos lutadores de sumô que transmitiu o jogo.

A se destacar, a raça com que Alex Dias atuou, apesar de não brilhar tecnicamente, e o esforço de todo o time. E também a boa atuação de André Moritz na tentativa de organizar o time, distribuir o jogo.

Até o fim do jogo, a pressão do Flu foi desorganizada, com tentativas de tabela pelo meio da área, chuveirinhos e jogadas individuais. Haverá mais uma semana de treinamentos. Vamos ver se haverá alguma melhora tática e se alguém que não o PC conseguirá passar tranqüilidade aos jogadores.

Nova Iguaçu 1 x 1 Fluminense: Ricardo Berna (5); Carlinhos (5); Thiago Neves (6), Luiz Alberto (6) e Júnior César (5); Arouca (5), Cícero (5), Thiago Neves (5) depois André Moritz (7) e Carlos Alberto (6); Alex Dias (6) depois Adriano Magrão (5) e Soares (5) depois Lenny (6).

Gol: Carlos Alberto, de pênalti, aos 18 minutos do primeiro tempo.

Cartões amarelos: Carlos Alberto, Arouca e Carlinhos.

Cezar Motta


 
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