Família.

Um time ferido, uma torcida sentida.

Um time desfalcado, desfigurado. Uma torcida desconfiada.

Aos 41 minutos um erro infantil, um absurdo de quem acha que apenas entrega e disposição é tudo no futebol.

Agora o time desfigurado, desfalcado e ferido passa a jogar com um atleta a menos.

Agora é que a torcida ficou mais desanimada ainda.

Os abutres e os profetas do apocalipse (tantos os externos quanto os internos) começaram a salivar diante da presa fácil que se anunciava. Suas teorias, seus queixumes e previsões catastróficas iam se formatando...

Podia ser pior?

Podia e foi.

Gol do adversário faltando metade do segundo tempo todo a percorrer.

Os abutres que antes salivavam, nesse momento já tinham seus borborigmos intestinais ouvidos a quilômetros de distância.

A torcida desacreditou de vez.

Mas parem. Pensem. Esse é o Time de Guerreiros.

Meninos em campo. Xerém é Xerém.

Nada acabou.

Daí surgiu a coletividade guerreira. O Flu decidiu ser Flu como nunca em 2013 foi.

Diguinho jogou como nunca mais tinha feito. Carlinhos nos convenceu de vez que não pode ser negociado. Monzón entrou com sangue nos olhos. A zaga se superou e o Edinho foi um leão.

Abel entrou no espírito e fez o que podia.

E o Sóbis??? Falar o quê desse cara??? Do golaço, da entrega, da inteligência, da liderança ou do quê mais? Nós e que temos orgulho de ti, Sóbis!!!

O empate já estava bom.

Mas não tinha acabado ainda.

Xerém queria dar seu recado como dizendo: "Calma!!! Eu sou o Futuro!!!"

Daí apareceram Eduardo e Denílson, o novo Rei Zulú.

Virada heroica!!!!

Eu sei. Não ganhamos nada. Ganhar do Goiás em casa é obrigação. Mas uma grande conquista não se escreve apenas com obrigações.

Que os muitos jogadores que ficaram de fora tenham assistido a partida e resolvam entrar de vez nesse espírito. Não há lugar para medíocres de alma e coração!!!

E os abutres??? Ah... Os abutres... Que se danem eles!!!!

Saudações tricolores!!!

Domingos Cachineiro Rodrigues Dias - dcrdias@gmail.com