Fluminense 2 x 2 Ponte Preta - por Claudio Maes - 03/11/2003

"Antes de rolar a pelota, as brincadeiras e os sorrisos dos Tricolores evidenciavam a confiança em um bom resultado. Os resultados da rodada, com os times-de-três-cores gaúcho e baiano perdendo, nos favoreciam. Restava ao time justificar a confiança dos 12 mil Tricolores presentes...

A Ponte veio a campo primeiro e foi recebida com o já tradicional corinho: "Ei! Ponte! VTNC!". Quando o Fluzão entra em campo nota-se que o time parece unido, os jogadores se reúnem e boa parte deles vai até o César e o cumprimenta. Imagino que em virtude da matéria saída no Lance! a respeito do avô do zagueiro - ex-jogador do clube e Tricolor de 4 costados.

O time começa acordado, mas a Ponte, além de ter mais conjunto, impede o avanço do Flu com faltas sequenciais em cima do Carlos Alberto. O Flu joga em um tradicionalíssimo 4-4-2, com os dois volantes fixos, ao passo que o 3-5-2 da Macaca é bem executado, com os laterais apoiando constantemente e sendo corretamente cobertos. O jogo é feio, com o Fluminense marcando a Ponte Preta muito atrás, dando o espaço entre as intermediárias para o time de Campinas evoluir livremente. Tal cenário é agravado pelo pouco apetite dos marcadores do Flu, que se limitam a cercar os adversários: até mesmo na entrada de nossa área eles conseguiam articular jogadas.

Na 3ª vez que o Marcelo erra a matada de bola, boa parte da torcida presente o vaia. Quando ele perde gol feito, cabecenado sozinho da entrada da pequena área uma bola magistralmente cruzada pelo Jadílson, as vaias se generalizam e nosso centroavante ouve o mesmo corinho antes destinado ao adversário. Esquerdinha também está completamente sumido e sempre que recebe a bola ou cai ou a perde com extrema facilidade. Isso dificulta para o Carlos Alberto que tem que assumir sozinho a responsabilidade de armar a saída do time para o ataque.

Mesmo sem ameaçar efetivamente, a Macaca é melhor e domina o jogo a maior parte do 1º tempo, especialmente através dos avanços pelo seu lado esquerdo, pois nosso lado direito esteve todo o tempo desguarnecido. Em um 1º tempo de muitos, muitíssimos, passes errados, a Ponte deixa de sair na frente com o Gigena perdendo gol feito no finalzinho e a torcida termina apupando o desempenho do time.

Começa o 2º tempo e logo fica claro que a postura tática defensiva do time do Fluminense não se modificou. No entanto, o time mostra mais vontade e essa vontade é caracterizada pelo gol do Marcelo. Fluminense 1x0 Ponte Preta - "1,2,3... 4,5,1000... 2ª divisão é a pqp!". Pena que em sequência ao gol do Marcelo (e como consequência dele) aparecem os chutões indiscriminados na defesa, que a todo momento devolvem a bola pro adversário.

Abel é ousado, coloca seu time mais à frente e a Ponte se torna perigosa. Os ataques da Ponte propiciam muitos contra-ataques nossos, mas estes, invariavelmente, caem nos pés do Esquerdinha, que os desperdiça em seqüência. Como na defesa os baixos Júnior César e Jadílson marcam os altos atacantes da Macaca, ela leva perigo nas bolas alçadas sobre a área.

Em um 2º tempo mais técnico e mais corrido que o 1º, a Ponte Preta empata o jogo após uma jogada de bola parada na qual o Rodolfo ficou sozinho com 2 jogadores adversários. Da arquibancada tive a impressão que a falta que originou o gol não aconteceu.

A Ponte, que já era melhor, toma conta do jogo após o seu 1º gol. Renato mexe e as mudanças dão certo mais pela vontade dos que entram do que pelos seus aspectos técnicos e táticos. O Thiago entra ligado, mas, fraco tecnicamente, erra uma matada de bola sozinho, dentro da área, de cara para o gol e com isso perde a chance de fazer 2x1.

Após mais um contra-ataque desperdiçado se segue um ataque da Ponte Preta que resulta no gol da virada, após cobrança de escanteio e nova pane na defesa. Então, o Júnior César (um dos poucos que se salvou) faz grande jogada, tabela com o Romário e fuzila o goleirinho adversário que à toda hora provocava a torcida do Fluzão: 2x2.

O desperdício de contra-ataques continua, com o Joãozinho errando um passe de 3 metros que deixaria o Romário na cara do goleiro, em uma jogada em que eram os 2 contra um único defensor da Macaca. Esta, mais organizada, domina o meio-de-campo, ficando com todas as bolas rebatidas e, demonstrando muito mais vontade, ganhando quase todas as divididas.

No final Romário, que já havia recebido duas bolas em condições de fazer o gol, faz gracinha produtiva, mas ao invés de servir ao Thiago, tenta um gol improvável e erra. Após belíssimo cruzamento do Thiago, ainda dá tempo para o Sorato errar uma cabeçada sozinho, da entrada da pequena área, já nos acréscimos finais.

Se o resultado em si foi ruim, o prejuízo acabou saindo barato pra gente, pois uma vitória da Ponte seria muito justa. O sofrimento continua. NEEENNNNNSSSSSSSSSEEE!!!"

Claudio Maes


 
JOGOS ANTERIORES:

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São Paulo x Fluminense - 15/09/2002
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São Caetano 2 x 0 Fluminense - 14/08/2002
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