Finalmente estancamos a série de derrotas. A competição era outra, mas para efeitos de condições para desenvolver o trabalho do dia a dia e retomada da confiança para a luta contra o rebaixamento no Brasileirão, não perder ontem para o Grêmio pela Copa do Brasil era indispensável, e não perdemos. Não se trata aqui de comemorar um empate sem gols jogando em casa, mas de perceber um ligeiro avanço na organização do time mesmo jogando contra um adversário que joga com uma intensidade e organização impressionantes, faltando para eles apenas talento.

Tecnicamente o jogo foi ruim, e a ausência de gols no placar expressa com justiça o que foi feito em campo. O Fluminense ainda sem confiança tinha enormes dificuldades para transpor a marcação gremista que começava ainda na nossa intermediária. Quando conseguia chegar próximo à área adversária era por conta de jogadas individuais, principalmente por parte do Gerson que fez ontem boa partida, principalmente na primeira etapa. E foi dos pés dele a maior chance de gol do time, quando em lateral jogado na área pelo Léo (parece não estar sentindo o peso de jogar nos profissionais), Fred escorou de cabeça e ele deu um voleio facilmente defendido por Grohe.

O técnico Eduardo Batista havia dito durante a semana que começaria a reorganizar o time a partir do sistema defensivo e, aparentemente, seu trabalho já começou a timidamente se apresentar. O Grêmio também não teve chances claras de gol, e até o temível Gum pareceu estar mais tranquilo em campo. A entrada do Pierre para jogar quase entre os zagueiros e a recuada do Cícero para melhorar a saída de bola parecem ter chance de se consolidar, apesar das muitas faltas cometidas pelo Pierre.

Se defensivamente parecemos um pouco mais organizados (longe do ideal), do meio para frente ficamos devendo. A bola não chegava ao Fred em condições de finalização, e Marcos Jr. e Scarpa não se houveram bem tecnicamente, apesar da entrega para o time. Continuo sem entender porque o Marcos Jr. continua jogando centralizado na linha de três que fica atrás do centroavante. Jogador de velocidade deve jogar aberto. Eu manteria o Scarpa na esquerda, mas inverteria o Marcos Jr. com o Gerson, no caso da manutenção desses três nomes.

O placar final foi o mesmo inicial e, em termos teóricos, considerando a especificidade da Copa do Brasil, não foi um mau resultado, pois o Fluminense joga na casa deles por qualquer empate com gols e, obviamente, por qualquer vitória. Novo placar em branco implica em decisão por pênaltis.

O foco agora é o Goiás. Precisamos absurdamente da vitória jogando em casa. A sequência pós-Goiás é péssima e uma derrota pode decretar a entrada do time na zona maldita em duas rodadas. O Goiás vai jogar fechadinho e explorar o contra-ataque com o excelente Erick. Nervos à flor da pele sábado no Maracanã.

Saudações Tricolores!

Marcus Bomfim - marcus.bomfim@gmail.com