Bahia 2 X 2 Fluminense - Que Ninguém se Iluda - Por Cezar Motta. - 26/04/2007

Impressionante como o Vinicius Eutropio tem o dom de mostrar, de deixar evidente, a oceânica incompetência de treineiros obsoletos como PC Gosmão e Joel Santana.

O Flu foi o mesmo time sem alma, sem coração, com jogadores ruins e apáticos (com raras exceções), mas ficou clara a evolução tática, a organização em campo, que o Eutropio, com apenas dois treinos, conseguiu dar. E que Joel e PC, em angustiantes meses, não conseguiram.

Nada que devolva o otimismo. É preciso que fique claro (e acho que ninguém se esqueceu disso) que o Bahia é um time da terceira divisão, que acaba de tomar seis gols do Vitória, enfim, um time dirigido pelo nosso preclaro Arturzinho.

Uma eliminação seria uma humilhação, mais uma vergonha que a secular instituição Fluminense passaria e nos faria sofrer. Pode ser que o Renato Gaúcho dê um pouco de alma, de coração, de coragem, de vergonha a este time, já que é o ponto forte dele.

Mas acho que há jogadores irrecuperáveis, que precisam ser negociados, mandados embora. O Rafael Moura não pode estar neste grupo. Pesado como um açougueiro veterano, com tornozelos grossos como os de uma viúva portuguesa, sem mobilidade, sem um pingo de habilidade com a bola.

O Cícero precisa ter o dedo enfiado na tomada. Faz gols bonitos, mas simplesmente não joga, esconde-se todo o tempo, é de uma fragilidade física e de uma apatia irritantes. Não sei se tem jeito.

O Davi não pode ser titular, e nem sei se tem condições de compor grupo. Não sei qual é o pecado, ou o erro, do André Moritz que, por pior que joguem seus colegas de meio de campo, nunca merece uma chance.

Jogo começado, parecia que o Flu estava bem arrumado. Palmas para Vinicius Eutropio e vaias, muitas vaias, para Joel Santana e PCGosmão. Mas não bastava a boa disposição tática do time em campo. Todas as bolas divididas eram do Bahia.

Fragilidade irritante dos nossos jogadores. Preguiça. Novamente um adversário chegava com enorme facilidade à nossa área, no mano a mano com os bons zagueiros Thiago Silva e Luiz Alberto, que deveriam ganhar salário e bicho dobrado.

Tanta fraqueza física e falta de disposição, somadas a um erro de colocação pelo lado direito da nossa defesa, levou a uma rebatida ridícula de cabeça, em bola rasteira, do Júnior César, de dentro da área, na meia lua.

Ajeitaram para o tal de Emerson Cris, que bateu de curva, sem chance para o Fernando Henrique. Apenas seis minutos de jogo.

Além do velho defeito, da absoluta falta de marcação do meio de campo, sem o Carlos Alberto não havia jogada vertical, não havia armação de jogo. O Arouca tentava pela direita, mas falta a ele mais consistência.

O resultado é que não tínhamos meio de campo. Só o Fabinho lutava e tentava desarmar, e só o Arouca buscava criar alguma coisa. Algumas atuações individuais eram muito ruins, como Júnior César, Davi, Rafael Moura e até o Cícero, escondido do jogo, como sempre.

O Bahia conseguia equilibrar o jogo e criar chances de gol na base da raça, da disposição, da vontade, da força, diante da apatia de Davi e Cícero, e da incrível ruindade de Rafael Moura.

Aos 26 minutos, córner pela direita. Rafael cobrou, Luiz Alberto cabeceou para o chão e Cícero, finalmente, apareceu no jogo. Aplicou um meio voleio, uma meia bicicleta, marcando um golaço. Ele sabe fazer gols, infelizmente não participa dos jogos.

O primeiro tempo ficou assim. No segundo, Eutropio acordou e pôs Soares no lugar de Rafael Moura. Apesar de razoavelmente organizado, o Flu é terrivelmente frágil defensivamente. Todo ataque baiano parecia que resultaria em gol.

E acabou acontecendo mesmo. Bola cruzada da direita, Luiz Alberto rebateu mal de perna esquerda e o Fábio Saci, caindo, jogou a bola com a mão para dentro do gol.

Ainda parecia possível # bastava um gol. E, pela primeira vez este ano, uma jogada impecável de contra-ataque foi mostrada pelo Flu.

Rafael recebeu de Arouca uma bola longa pela direita, foi à linha de fundo, e cruzou na medida para a entrada de Soares, que fulminou.

O resto do jogo foi de sustos, de insegurança, de medo.

O Bahia conseguia levar a bola até a nossa meia-lua com incrível facilidade, porque a nossa marcação só começa com Fabinho, Thiago Silva e Luiz Alberto. Ninguém mais marca neste time, todos apenas olham.

Eutropio trocou Davi pelo Romeu, e o time ganhou mais pegada. Aos 37 minutos, uma expulsão ridícula.

O jogador do Bahia tentou aplicar um raio X no Rafael, passar por dentro do nosso lateral, caiu fingindo dores lancinantes, e o juiz, com incrível má vontade com o Flu, expulsou o Rafael.

Entrou o Carlinhos e segurou a onda, apesar de protagonizar um lance lamentável. Correndo com a bola pela direita, no finalzinho do jogo, em vez de tentar a jogada de gol, um cruzamento, simplesmente isolou a bola pela linha de fundo, talvez acreditando que assim ganharia mais tempo.

O Vinicius Eutropio leva jeito de bom técnico. Espero que continue no Flu, que não seja sabotado pelo Renato Gaúcho, que evolua, porque, como disse, tem potencial.

Esperemos todos que a classificação não iluda a diretoria, ou quem contrata jogadores, porque com este grupo não vamos longe no Brasileirão; na verdade, vamos brigar para não cair. A não ser que a vocação motivadora de Renato Gaúcho funcione de forma milagrosa.

Só como registro: Este ano, 2007, completam-se dois anos sem que o Flu marque sequer um golzinho de falta.

O último foi de Petkovic, em 2005, contra o Universidad Católica, em São Januário. Falta de treino? Preguiça, displicência?

Bahia 2 x 2 Fluminense: Fernando Henrique (5); Rafael (6), Thiago Silva (8), Luiz Alberto (7) e Júnior César (4); Fabinho (6), Arouca (7), Davi (4) depois Romeu (5) e Cícero (5, pelo gol); Rafael Moura (0) depois Soares (6) e Alex Dias (5).
Gols: Cícero, aos 26 minutos do primeiro tempo; e Soares, aos 16 do segundo.
Cartões amarelos: Fabinho, Arouca, Rafael. Cartão vermelho: Rafael.

Cezar Motta


 
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