Em menos de um mês e meio, entraram no clube 50 milhões do empréstimo do BMG, um quarto dos direitos sobre a revenda do Richarlisson (cerca de cinco milhões), a última parcela pela venda do Ceifador ao Flamengo, e um quarto da grana pela venda da grande promessa João Pedro ao Watford (autofagia, autodestruição).

Tudo bem, o empréstimo do BMG servirá para pagar impostos atrasados (atrasos que mereceriam investigação), dívidas com empresários, emprestadores de dinheiro, ex-jogadores, empréstimos bancários recentes (esperamos que paguem!), com o Maracanã e com o Botafogo, pelo uso do Engenhão (até o Botafogo nos cafetiza!).

Mas com todo esse dinheiro não dá pra pagar nem mais um mês de salários e direitos de imagem? Vocês não se cansam de nos encher de vergonha, de desmoralizar o clube e desmotivar os torcedores, caros gestores. E ainda vem mais um troquinho, o dinheiro do Scarpa, uns 6 milhões.

E a grana pela passagem às quartas de final da Sulamericana? Cerca de 4 milhões. E o que nos deve o Sport pela venda de Diego Souza ao São Paulo, que equivaleu a uma doação milionária do rico Fluminense. E o gênio do futebol, responsável pelo prejuízo do clube, continua firme e forte, em seus negócios com o empresário Frederico Mendes.

É difícil comentar qualquer coisa sobre o Fluminense hoje. Estamos em situação muito pior do que o Botafogo, que tem o usufruto de um estádio e salários em dia. Em relação ao Vasco, não sei, porque a coisa ali é toda obscura e sinistra. As dívidas do Flu são superiores ao patrimônio físico do clube, e piorando sempre.

Eles acham que não, mentem que o clube está sendo #saneado#. O principal ativo do clube, que são a torcida, o patrimônio de sua história institucional e sua mística, estão sendo destruídos de forma avassaladora. A capacidade de mobilizar um Maracanã lotado para um jogo, esse seria nosso grande ativo.

Mas está difícil para qualquer tricolor conversar sobre futebol, até entre nós mesmos. #Eles# estão matando essa paixão. Viramos motivo de deboche, como o Vasco e o Botafogo. Agora vêm com esse tal DNA Tricolor. O problema, amigos, é que não há credibilidade. Qualquer iniciativa que venha desta diretoria vai dar xabu.

São tão azarentos e incompetentes que vão agora lutar pelo patrocínio da Caixa Econômica, contando que com os 50 milhões de empréstimo do BMG obterão as Certidões Negativas de Débito. Só que é muito provável que um novo governo federal a ser eleito reveja todos esses patrocínios ao futebol.

Mentiram que a Caixa não era boa porque fazia #exigências#. Talvez bons fossem a Valle e o Mate Vitton, que não exigiam nada, mas também não pagavam o acertado em contrato. Agora, o tal Frederico Mendes, que manda no clube, anunciou que vai mais uma vez #ajudar# o Fluminense e vender o Roger Ibañez. É mole?

A Frescatto, que paga pouco, mas sempre foi um parceiro fiel, reduz cada vez mais seus investimentos. Uma pena. Quem é que aguenta essa gente?

Cezar Motta - cezar_motta@uol.com.br