Falar de arbitragem, desorganização de federação e afins é o que chamamos no jornalismo de clichê, já que isso é corriqueiro no Brasil. E a minha primeira participação nas análises dos jogos do FFC daqui pra frente aqui na Sempreflu, será assim, com clichê, já que - com as #patacoadas# da Ferj - na elaboração do campeonato carioca 2017, com um regulamento #lambão# e esquisito, somado ao segundo jogo da semifinal da taça Rio, com uma horrorosa atuação da trupe do apito, com direito a gol irregular, pênalti ignorado, inversão de faltas e cartões... Até aqui, alguma novidade?

Não faz muito tempo e tínhamos no Rio um campeonato que era considerado o mais charmoso do mundo. Em via de regra, os times grandes protagonizavam belos embates com Maracanã lotado, coisa rara nos dias atuais. Não bastasse as noticias de corrupção que assolam o país, inclusive envolvendo aquele que um dia foi o maior estádio do mundo, nossos cartolas ainda assinam embaixo um regulamento em que o quadrangular que deveria definir os finalistas do torneio, ou quem sabe o próprio campeão carioca, não sirva pra nada . Os dois clássicos não atraíram em nada o interesse do torcedor. Acredite! Pouco mais de vinte sete mil pessoas pagaram ingresso para ver as duas partidas. A de hoje entre Flu e Botafogo? 7.309 pra ser mais preciso. Vergonha!

O jogo

Gente! O que menos importou foi o que aconteceu em campo, já que valendo mesmo, só daqui a duas semanas quando - de acordo com o regulamento criado pela Ferj e assinado pelos clubes - o bicho começa a pegar. Mas vamos ao que realmente interessa pra nós, tricolores. O nosso time entrou com a filosofia de seu comandante. Abel novamente mandou a campo uma equipe totalmente diferente daquela considerada a titular. Isso pensando no futuro já que, classificado para o mata-mata do carioca, com jogo pela copa do Brasil na próxima quinta feira e já projetando Campeonato Brasileiro e Sul-Americana, a ideia era poupar os titulares de possíveis desgastes e lesões.

Com um time desfigurado em campo, fica até difícil fazer qualquer análise crítica do jogo, do resultado e dos nossos meninos que estão aparecendo muito bem esse ano, diga-se de passagem. Contudo, algumas considerações e questões vou deixar no ar. Fora os já conhecidos pelas belas atuações, é preciso destacar jogadores como os bons Luís Fernando e Calazans, que estão mostrando que já, já vão dar boa dor de cabeça a Abel, e Marcos Júnior que da a entender que vai ficar mesmo como eterna promessa. E o Douglas? Tá assustado com a sombra do surpreendente Wendel, que já anda encantando clubes mundo afora?

E o mais contundente de minhas indagações: não passou da hora de o nosso comandante dar um jeito no sistema defensivo desse time? Dos 22 gols sofridos na temporada, 13 foram de jogadas aéreas na nossa cozinha. Abre o olho, Abelão! Seja com zagueiros e goleiros reservas ou titulares, estamos sempre vulneráveis a este tipo de jogada.

Amigos, por hoje é isso aí. Quinta feira vamos à Goiânia com o que temos de melhor no elenco e espero voltar com uma análise técnica da partida e se possível, com uma bela e convincente vitória do nosso amado Fluzão.



Boa semana a todos!
MC- jornalista

Marcos Cabidelli Jornalista - marcoscabidelli@gmail.com

Marcos Cabidelli, 43 anos, natural de Vitoria-ES, jornalista por formação e profissão, repórter, apresentador com passagens por redações de TV, rádio e jornal impresso. Muitos anos de profissão prestados ao esporte, com ênfase ao futebol. Desde criança, tricolor de coração, principal herança deixada por seu saudoso e grande tricolor pai.