Quando o Fluminense tinha um padrão de organização e de administração à altura de um clube grande do futebol brasileiro, como hoje é o São Paulo (infelizmente para nós, eles copiam até o velho marketing tricolor), uma combinação de resultados favorável como a de hoje nos garantiria o título.
Porque o Bostafogo, em uma final, era barbada.
Isso, a situação desfavorável, aconteceu em 1971, em 1983, em 1984 (não foi o Bosta), e em vários outros campeonatos em que os adversários tiveram resultados ruins, mas o Flu fez a sua parte e ganhou com o placar de que precisava. Hoje, neste domingo maldito, todos os resultados nos eram favoráveis.
O Flamengo perdeu, o Americano perdeu. Bastava ao Flu vencer, neste domingo, por dois gols de diferença, o time do Homem de Cromagnon, um energúmeno que mal se consegue sustentar em duas pernas. Mas só tentamos vencer a partir dos 30 minutos do segundo tempo. Fomos ridículos.
Vamos imaginar: #Ah, mas o Volta Redonda é um time forte!#. Vamos examinar o time do Voltaço: muito enfraquecido em relação ao time do ano passado. Saíram Lugão, Schneider, Alemão, Jonilson, Glauber, Maciel, sei lá mais quem. A memória não merece ser tão exigida assim, afinal são jogadores ruins, que não figuram em qualquer lembrança de torcedor.
#Ah, mas eles têm o Túlio, o Sérgio Manoel, o Cadu#. Alguém aqui gostaria de ter esses jogadores no Flu?? Algum time profissional do mundo gostaria de ter essas feras hoje? Ao Flu, bastaria vencer por dois gols de diferença. PQP!! Mas o que vimos no primeiro tempo? Preguiça, corpo mole, vigarice, desmotivação de jogadores importantes do time.
Como aconteceu também nas cinco derrotas finais do ano passado que nos deixaram de fora da Libertadores. A derrota para o Juventude em Volta Redonda, por exemplo. A humilhante derrota para o Parmêra, no chiqueiro do Parque Antártica.
Vimos hoje os jogadores do Flu perdendo todas as bolas divididas no primeiro tempo, vimos nervosismo (talvez seja essa, a do nervosismo, a única desculpa aceitável), erros idiotas, falhas técnicas imperdoáveis, passes errados quando o contra-ataque seria mortal, buracos na defesa pela omissão de vários jogadores, enfim, estivemos nivelados ao Voltaço de Túlio, Cadu, Sérgio Manoel, e sei lá mais quem. Vagabundice, filhadaputice contra nós, que nos mobilizamos, compramos produtos licenciados, sofremos, acreditamos.
Justiça seja feita: não faltou raça no segundo tempo. Faltou, sim, no primeiro tempo. O primeiro tempo foi uma vergonha. Os jogadores do Flu, pelo primeiro tempo que fizeram, não poderiam hoje nem dormir com suas mulheres. Deveriam dormir na sala, foram incompetentes, preguiçosos, vagabundos. Não merecem salários em dia, andaram em campo. Filhos da puta!!
Tomar um gol do Cadu no começo do segundo tempo, quando todos os resultados da rodada nos favoreciam, é imperdoável. É preciso que alguém tome uma providência, que haja uma reunião entre elenco e diretoria, com a participação do Josué e do próximo técnico.
Não é aceitável que os jogadores do Volta Redonda entrem em campo mais motivados do que os do Flu, corram mais, tenham mais inteligência tática. Só o salário do Petkovic e do Tuta bancariam toda a folha do Voltaço.
Não agüento mais ser derrotado por #enses#, Friburguense, Cabofriense, ou por times pequenos do Rio. Não agüento mais ser humilhado em transmissões da Globo, ouvindo os cretinos nos desmerecendo, com um orçamento e um elenco como os que temos. Isso não é aceitável.
Meus amigos vascaínos em Brasília dizem que o Flu é o time do #quase#: Quase campeão da Copa do Brasil, quase campeão do Brasileirão, quase campeão da Sul-Americana, quase na Libertadores, quase classificado para (e aí é o mais humilhante) as semifinais da Taça Rio.
Não pode. Alguma coisa tem que ser feita. Os rapazes que fazem habitualmente cocô e xixi nas calças e que administram o maior orçamento do futebol do Rio de Janeiro têm que ser demitidos ou cobrados de forma dura.
Sim, porque ter o orçamento que tem o Flu, ter o patrocinador que tem o Flu, e ser eliminado antes das semifinais deste ridículo cariocão, é coisa de quem tem intestino e bexiga soltos, de quem tem esfíncter frouxo. Bundas moles, para sermos exatos.
É inaceitável. É humilhante. É preciso que se comece um trabalho sério imediatamente, com uma pré-temporada de, pelo menos, 15 dias, ou oito dias, na Granja Comary, com vistas ao Campeonato Brasileiro e à Copa do Brasil.
A única forma de nos redimir desta humilhação é vencer a Copa do Brasil e fazer um belíssimo papel na Sul-Americana e no Campeonato Brasileiro. E, no mínimo, garantir uma vaga na Libertadores do ano que vem.
Senhores que fazem cocô e xixi nas calças, que têm intestinos frouxos, prezados bundas moles, senhores cagões (não no sentido de sortudos), por favor, nos respeitem, a nós, que compramos produtos do Flu, que sofremos, que fazemos o possível, que mantemos acesa a chama: não aceitamos mais humilhações como essas, ser eliminados do fraquíssimo Campeonato Carioca por um time de aposentados como é o Volta Redonda.
Não aceitamos mais jogadores no Flu com má vontade, não aceitamos mais falta de profissionalismo, de tesão, e nem omissão e falta de criatividade e ousadia para investir em infra-estrutura.
Queremos projetos ousados, planejamento, visão de futuro, queremos um CT moderno, departamento médico moderno, queremos condições de trabalho para os técnicos e os jogadores. E os que não respeitarem o Flu, que sejam demitidos, como vários jogadores hoje mereciam isso. E como diretores hoje mereciam isso. Rua!! Fora!! Deixem o Flu em paz!
Não aceitamos mais incompetência, leniência, arrogância vazia, preguiça. Estamos de olho e vamos cobrar.
Não é este, que vimos hoje, o Fluminense que conhecemos. Não aceitamos mais ser humilhados pela canalha da mídia, ser achincalhados por um energúmeno como esse Dário Lourenço.
Chega!! Queremos competência, energia, cobrança, criatividade, motivação. O jogo de hoje não tem ficha técnica, porque não existiu para a história gloriosa do Fluminense. Quem não quer ficar, quem não rema na mesma direção, quem não quer ver o Flu campeão, que vá para a PQP!!

Cezar Motta - cezar_motta@uol.com.br