Fluminense 1x1 Volta Redonda - 17/02/2003

E a luta continua...

Antes do jogo era só festa. Nossos juniores (aliás, como é bom esse lateral-direito Arilson, que, para mim, é o substituto ideal de Jancarlos na fase final do Estadual) dando um show (6 a 0 foi pouco, valeu a pena chegar mais cedo para vê-los), com direito a gol de placa do atacante Marcelo (na minha opinião, ele e o Tiuí são melhores que o Fábio Bala). Acadêmicos da Rocinha desfilando no campo com o enredo do centenário. Marcão recebendo a merecida homenagem pelas 200 partidas com a camisa tricolor. E nas arquibancadas, os tricolores, mal-acostumados com as sucessivas goleadas, arriscavam palpites com três gols de diferença, visando à vice-liderança do Campeonato.

Com o clima de oba-oba, o primeiro tempo demorou a começar, mas assim que iniciou parecia que o filme da preliminar se repetiria porque era um legítimo ataque contra defesa. Por displicência, incompetência, atraso, afobação e azar, o Fluminense perdeu, por incrível que pareça, pelo menos sete gols feitos. Sou exagerado, mas estou até economizando. Fábio Bala (parecia o Magno Alves nos piores momentos) perdeu quatro oportunidades, Romário (não estava inspirado) desperdiçou duas e Carlos Alberto (como ele prende a bola...) deixou de fazer um gol. Na saída para o intervalo, a torcida nem vaiou o time, pois sabia que não estávamos atuando tão mal.

Segundo tempo começou, o Fluminense partiu ainda mais para frente, mas a bola insistia em não entrar. Realmente não era nosso dia. No desespero, Renato lançou Ademilson no lugar de Marciel, que até vinha bem. Logo após a substituição, no primeiro contra-ataque adversário, nossa defesa (principalmente Marcão e César) deu mole, e levamos um gol bobo. O nervosismo tomou conta da torcida e só piorou quando descobrimos que o Flamengo vencia fácil no Maracanã. Uma bandeira rubro-negra era avistada num prédio vizinho, o que só fazia a angústia crescer. A Taça Guanabara ia para o ralo e, mais uma vez, dava a entender que seria decidida no Vasco x Flamengo da última rodada.

De repente, numa blitz tricolor, o ciscador Jadílson dá um bico em direção ao gol e um zagueiro do Voltaço corta com as duas mãos. Pênalti claríssimo. Romário com a bola. Poucos antes da cobrança, ouvi dois cidadãos nas sociais falarem que o Baixinho estava mal, que não estavam sentindo firmeza,... Com essa auto-secura fica difícil, e ele perdeu mesmo. Fotografou o canto direito do goleiro, que pegou sem dificuldade. Meu maior temor aconteceu. Naquele momento, uma enorme instabilidade tomou conta da torcida, que começou a discutir sobre o fenômeno ?Romário?. Cheguei a ver amigos indo as vias de fato por causa de divergências sobre o Baixo.

Tudo levava a crer que perderíamos porque nada dava certo. A sorte era que nosso camisa 6 estava demais. Jadílson, aclamado pela galera, fez uma excelente jogada individual, chutou, e Fábio Bala, após perder vários gols feitos, só completou para o fundo das redes. Empatamos e fomos com tudo para a virada, embalados aos gritos de ?Nense?. Fábio Bala, logo após o gol, perdeu mais um para a sua coleção. O Baixinho ainda teve uma grande chance de se redimir com os seus opositores, mas desperdiçou o que geralmente não perdoaria. Mérito também para o enjoado goleiro Éverton, que resolveu pegar tudo contra a gente e abafar o nosso claro salto alto.

O time deles fazia uma cera impressionante. As pequenas dimensões, tanto em largura quanto em comprimento, do nosso campo facilitava a retranca deles. Jogar nas Laranjeiras (São Januário, Caio Martins e Edson Passos são campos bem maiores) é o sonho de um time pequeno bem armado. Se não temos um ótimo driblador num bom dia ? e Carlos Alberto não estava bem ?, a situação se complica. Para piorar, a cada cinco minutos, um atleta se jogava no chão, sob a conivência do juiz, e a maca entrava em campo, parando o jogo toda hora. Até um dirigente deles invadiu o campo reclamando de um suposto roubo. Contra o Vasco e o Flamengo, que realmente sempre há, não os vejo invadindo.

No final do jogo ainda entraram Junior César e Renatinho. Se com nossos titulares, mesmo com um a mais, já estava difícil, com os dois anões ficou impossível. A partida foi até 50 minutos, mas terminou empatada, um resultado com sabor de derrota, prato cheio para a imprensa. Agora estamos em terceiro e, após enfrentar o Friburguense, teremos dois confrontos diretos pela vaga na semifinal: Botafogo e Americano. Não podemos dar mole. Triste constatar essa dualidade entre euforia e depressão, ainda mais após enfrentar um adversário que temos más lembranças por causa de uma derrota na final da Copa Rio de 94, na qual estive presente e sofri muito.

Daniel Cohen - daniel.cohen@sempreflu.com


 
JOGOS ANTERIORES:

Fluminense 3 x 1 Toluca - 24/07/2002
Fluminense 0 x 1 Palmeiras - 21/07/2002
Fluminense 1 x 0 Corinthians - 14/07/2002

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