Não aguento mais vir aqui comentar derrota. O que escrever sobre um time que parece capaz de a cada rodada aprimorar sua incapacidade de jogar algo parecido com futebol? O que escrever sobre um time que nem o fator novo da presença de outro treinador é capaz de dar um sopro de ânimo? Dependendo dos resultados, podemos terminar a rodada a 3 pontos da zona da degola.

O que se passa na cabeça do Renato para dar um carrinho daquele dentro da área? Esse lance é representativo da instabilidade emocional e da falta de qualidade técnica dele e de boa parte do time. Algo cheira mal no reino do Laranjal.

Em momentos de crise técnica do time em campo começam a pipocar na imprensa e nas redes sociais uma série de estórias que se confundem como relação de causa ou efeito com o que lamentavelmente temos visto nas quatro linhas. Fala-se de grupo cheio de panelinhas, jogadores fazendo corpo mole, atraso no pagamento dos direitos de imagem, disputas políticas no comando do Clube. Sendo verdade, cabe à diretoria assumir seus erros, cumprir suas obrigações de pagador e afastar eventuais laranjas podres. Incrível como o Fluminense parece sempre vulnerável a estas coisas.

O técnico Eduardo Batista, mesmo após derrota inapelável da qual não teve qualquer tipo de responsabilidade, manteve o discurso de que veio para o Fluminense para brigar pelo G4. Legal ele jogar isso pra galera até como forma de dar apoio aos jogadores, mas espero que internamente todos saibam que a nossa luta é contra o rebaixamento. Não reconhecer a gravidade da situação não ajudará a superá-la, nesse sentido, é imperativo que se tomem todas as medidas necessárias para que o time não chegue, em momento algum, a ocupar a maldita zona, pois caso isso venha a ocorrer, será muito mais difícil sair de lá.

Quarta-feira teremos o forte Grêmio pela Copa do Brasil e domingo o Goiás pelo Brasileirão, ambos no Maracanã. Não quero nem imaginar o que pode acontecer em caso de reveses nesses jogos. Na situação vexatória que estamos, não há porque se iludir com Copa do Brasil, portanto, sugiro abrir mão explicitamente dessa competição e focar em não ser rebaixado. Assim, colocaria um time reserva na quarta e prepararia o time para as partidas do Brasileiro. Sei que essa proposta não encontra eco na maioria da torcida e nem na diretoria que adora comer carniça e arrotar caviar, mas humildade é fundamental.

Saudações Tricolores!

Marcus Bomfim - marcus.bomfim@gmail.com