Vergonha, no Momento da Glória - Por Cezar Motta. - 22/06/2008 Justamente no momento mais glorioso da história recente do Fluminense, a #diretoria# consegue a proeza de protagonizar um dos momentos mais tristes e humilhantes para a nossa torcida, uma vergonha de padrão Eurico Miranda, por sinal cliente, amigo e ídolo do #presidente# Roberto Horcades. O absurdo da venda de ingressos para a partida final da Libertadores era um desastre anunciado à medida que o Flu avançava na competição. Alguns tricolores menos atentos irão argumentar: #ah, mas foi a direção do Flu quem nos levou a uma final de Libertadores#. Nada mais enganoso. Quem nos levou à final da Libertadores foram a Unimed e o esforço dos jogadores e da comissão técnica, com o apoio fundamental da nossa torcida. A #diretoria# apenas atrapalhou, e atrapalhou o mais que pôde, com a sua proverbial incompetência e desleixo, seu provincianismo e estupidez. Há ainda graves suspeitas de vínculos de membros da diretoria com esquemas de cambistas, principalmente porque é impossível vender quase 70 mil ingressos em tão curto espaço de tempo. Se as suspeitas fossem confirmadas, seria o caso de se acrescentar mais um adjetivo aos já citados. Aliás, foram vendidos menos de 70 mil ingressos. O que houve com os outros 19 ou 20 mil, que simplesmente não foram vendidos, ou desapareceram?? Pergunte-se aos jogadores qual o papel da torcida nesta brilhante campanha, e todos certamente vão dizer que foi um papel fundamental, decisivo # é a mais bela e empolgante torcida do Brasil na atualidade. O que a diretoria do doutor Roberto Horcades fez com essa torcida, de crianças, mulheres, famílias inteiras, é uma vergonha, uma falta de respeito, uma irresponsabilidade, uma desfaçatez inadmissível. Se o Fluminense sofrer algum tipo de punição pela irresponsabilidade dos últimos dias, será uma brutal injustiça. A punição teria que recair sobre as pessoas físicas do doutor Roberto Horcades, do doutor Carlos Henrique, do doutor Tote Menezes, gente que envergonha a nossa camisa, a nossa torcida, a nossa tradição. Desde janeiro, tricolores de todos os sites têm escrito, publicado, alardeado sugestões para venda de ingressos, seja à base de carnês vinculados aos jogos do Brasileirão, seja pela Internet, seja por meio de cartão de débito direto (Palmeiras e Botafogo já fazem isso no Brasileirão), seja por um maior número de pontos de venda espalhados pelo Rio de Janeiro (Centro, Zona Sul, casas lotéricas) e por Niterói (estações das barcas e dos catamarãs, Correios, lojas lotéricas). Mas facilitar a vida do torcedor, do cliente do clube, não é do interesse #deles#. Pobre Fluminense! Em seus momentos de glória, consegue protagonizar vexame semelhante ao do Vasco da Gama e sua comédia eleitoral do Calabouço. Enfim, há ainda quem apóie Horcades, quem não queira que o Flu cresça, seja no futebol, seja como clube social e olímpico. Votam no Horcades e na obscuridade porque temem perder espaço em suas pobres quadras de tênis, em sua única piscina, nos espaços decadentes. Esquecem que é o futebol, o pobre e combalido futebol do clube, quem banca o que restou do espaço do clube, as balas do estande de tiro, as bolas do tênis. Temem que uma associação em massa de torcedores renove o clube, dê vitalidade ao ultradecadente espaço social e esportivo do Fluminense - que, como clube de bairro, é pior, muito pior, do que a vizinha Hebraica. A sala de troféus? Uma vergonha inominável, até mesmo comparada à do Sport Recife, muito mais caprichada e digna. No Fluminense, a sala de troféus é um espaço reduzido, poeirento, sujo, escuro, com troféus valiosos como a Taça Olímpica de 1949, os troféus do Torneio de Paris e a Taça Teresa Herrera, dos campeonatos brasileiros de 1970 e de 1984, a Copa do Brasil de 2007, jogados aleatoriamente, sem qualquer destaque, todos identificados por meio de textos escritos em uma velha máquina de escrever com os tipos saltados e irregulares. Pergunte-se ao presidente Horcades e ao seu vice de futebol Tote Menezes qual a escalação do time do Fluminense que perdeu para o Coritiba, e duvido que saibam sequer quem foi o goleiro que atuou na partida. Eles nos envergonham e não merecem a gloriosa camisa tricolor, a empolgante, fiel, apaixonada e linda torcida do clube, as tradições acumuladas em mais de um século de história. Eles são patéticos, são um deboche. Apesar deles, vamos vencer a Libertadores e rumar ao Japão para bater o Manchester. o Fluminense tem um encontro marcado com a glória! Cezar Motta - cezar_motta@uol.com.br JOGOS ANTERIORES: Fluminense 3 x 1 Toluca - 24/07/2002 Fluminense 0 x 1 Palmeiras - 21/07/2002 Fluminense 1 x 0 Corinthians - 14/07/2002
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