Paraná 3 X 1 Flu - Teste Pra Libertadores - Por Cezar Motta. - 30/09/2007

Foi um bom teste, como se fosse um jogo de Libertadores. O time reserva do Paraná era um adversário alto, forte, jovem, motivado, aguerrido, pegador, em um campo pequeno e ruim, com um juiz caseiro e atuando junto com o time da casa (desfilando em campo como uma girafa parcial), marcação fortíssima dos garotos do Paraná.

Foi, então, possível ver com quem o Flu pode contar para a Libertadores. Apenas a confirmação de velhas suspeitas. O Rafael, o Júnior César, o Arouca, o David, o Cícero, o Somália, o Alex Dias, não podem ser titulares.

Claro que o Flu iria perder em algum momento, iria tomar gols. Mas ver alguns tremendos pernas-de-pau entrando em campo com a pose de craques campeões do mundo, isso é coisa de matar a gente de raiva.

Nenhum time sério, que se pretende competitivo, a fim de ganhar títulos importantes, pode ter um palhaço como centro-avante. Um #clown#, que estaria melhor na Praça da Alegria, substituindo o Jorge Lafond no papel de Vera Verão.

Finalmente, depois de uns três meses, vi o Somália ganhar uma bola alta, de cabeça. A bola veio da defesa do Flu no segundo tempo, um chutão, e o Lafond conseguiu, finalmente, meter o cucuruto. Foi pior a emenda do que o soneto.

A bola subiu como um ovo. Resultou que o Vera Verão teve que disputá-la novamente, e aí a normalidade se restabeleceu: ele perdeu a disputa seguinte.

A torcida do Paraná deve ter rolado de rir. Trata-se de um palhaço, que deveria estar no SBT ou com a rapaziada do Vesgo, do Silvio Santos etc. Como profissional de futebol, é uma farsa. Só mesmo no Flu...

Júnior César entrou em campo e jogou como se fosse uma versão encolhida de Nilton Santos, Júnior e Branco. Uma pose insuportável. Acha-se craque. Fez a jogada do gol do Flu, excelente por sinal, mas não é jogador para desafios maiores.

Rafael é fraco. Arouca é aquela promessa que não se confirmou. Não marca, não cria, não organiza o jogo, não ganha bolas divididas, é apático nos piores momentos do jogo. É preciso vende-lo por um bom preço, pra fazer caixa no clube e, honestamente, resolver a vida dele, um bom pé-de-meia etc.

David é fraco. Não é jogador para time grande, apesar da boa jogada no primeiro gol. Mas boas jogadas contra o time reserva do Paraná não contam. Ele some em campo, não marca bem, não passa bem, não se impõe, chuta mal.

E temos um buraco negro chamado Cícero. A gente pensa que tem um jogador em campo, mas não tem. Ele some, não pega na bola, não marca # um buraco negro. Quem tiver a paciência e a abnegação de ver o VT do jogo, quero que me aponte uma jogada sequer do Cícero no primeiro tempo. Pago uma garrafa de uísque 12 anos.

O cara simplesmente se escondeu. Foi visto na tela da tevê apenas duas vezes, no comecinho do jogo, e no finalzinho do primeiro tempo. Em ambas, foi desarmado de forma lamentável, ridícula, por absoluta falta de vontade, de raça, de profissionalismo. Pra um camisa 10, isso é inaceitável.

E chegamos ao Alex Dias. É jogador de recursos, sim. Mas não tem mais condições de ser titular em time que quer disputar títulos. O ritmo dele é de time de masters. Quer fazer bonito, matar no peito, dar de trivela, mas não tem mais a força muscular e a capacidade física para o futebol profissional. Chega!

Esse tipo de jogo é bem revelador do potencial de nosso time. Pegamos um time, os reservas do Paraná, alto, forte, jovem, marcando duro, com garotões jogando o jogo de suas vidas.

Se fôssemos um time pronto, maduro, de boa técnica, simplesmente teríamos posto a bola no chão, acalmado a partida, envolvido a garotada e vencido quando bem entendêssemos.

Mas nosso time, se quiser sonhar com alguma coisa na Libertadores, precisa de, pelo menos, quatro jogadores pra ser titulares. Claro que o Thiago Silva e o Thiago Neves fizeram muita falta. O Flu, neste domingo, foi um time patético, ridículo: arrogante, rebolativo, achando-se o melhor do mundo, e cheio de pernas-de-pau e palhaços, como esse intolerável Somália.

Claro que o jogo não valia nada, que o Flu não está ameaçado por rebaixamento, e também não tem mais chance de ser campeão. Por isso, uma derrota assim não é um desastre. Mas tem pontos fraquíssimos no time, e isso ficou bem claro.

Uma parte da nossa torcida deve estar muito feliz, porque viu, finalmente, o Fernando Henrique tomar gols e falhar em uma bola lamentável. Torciam por isso, talvez mais do que por uma vitória do Flu. Não faz mal. Era um jogo que não valia nada.

Para a informação dos amigos tricolores, apresento um quadro do que é hoje a Unimed Futebol Clube, que atua com a camisa que arrendou do Flu: O Fernando Gonçalves, que planejou o departamento de futebol para 2007, está completamente esvaziado, atropelado que foi pela dobradinha Branco/Renato Gaúcho.

Branco e Renato ganharam a confiança do Celso Barros com a conquista da Copa do Brasil, esvaziaram o Fernando Gonçalves, e tudo está agora por conta deles. Se tudo der certo, palmas para eles. Se o barco afundar, a culpa é toda deles.

A chegada de aberrações como Jean e Somália pelas mãos do Renato é motivo de preocupações, embora o Renato tem mostrado controle sobre o grupo, capacidade organizativa e liderança. Mas o projeto profissional, repito, foi abandonado.

O futebol do Flu hoje é isso: Dinheiro da Unimed, chefia do Celso Barros e comando e orientação técnica do Renato Gaúcho, com o suporte do Branco. O Vinicius Eutrópio, excelente profissional, e o Sérgio Gregório, excelente organizador, estão marginalizados. O projeto profissionalizante naufragou.

Ou seja, o longo prazo foi para o buraco. O contrato do Flu com a Unimed termina em dezembro de 2009. Se vier a renovação, ótimo, haverá uma sobrevida. Se a Unimed cair fora, vamos para o buraco, principalmente se Horcades se reeleger.

#Obrigado Eurico# Horcades, o Exterminador do Futuro (do futuro do Flu), deixou de cumprir o Ato Trabalhista, o que vai obrigar o Fluminense a pagar cerca de 750 mil reais por mês por conta de dívidas trabalhistas com elementos como Bismarck, Sidney, Paulo Isidoro, e alguns dos piores técnicos que já vimos.

Pelo acordo afiançado pelo Tribunal Regional do Trabalho e uma juíza, os clubes poderiam pagar mensalmente 15% de suas receitas, ir abatendo gradualmente suas velhas dívidas, e livrar-se de penhoras judiciais. O Flamengo praticamente se livrou dessas velhas dívidas.

#Obrigado Eurico# Horca não pagou nada, o que levou o tribunal a cancelar o acordo e forçar o Flu a pagar a dívida total, de quase 50 milhões, em cinco anos. Novas dívidas se acumularam, e o montante cresceu. A nova área de Xerém, que inclui o tal #hotel#, cedida em regime de comodato pela Prefeitura de Caxias, pode ser retomada a qualquer momento.

E será retomada, caso o próximo prefeito seja adversário político do atual, o que fez a concessão. Além disso, foram violadas normas ambientais, o que já rendeu ao Flu uma nova multa, dessa vez pelo Ibama. A farsa horcadiana não tem limites.

Temos, então, uma diretoria irresponsável, desonesta (porque se apropria indebitamente do INSS, do FGTS e de outras contribuições de funcionários # desconta dos salários, mas não repassa ao governo), incompetente, leniente, clientelista, que emprega em cargos-chave amigos falidos e desempregados a fim de sugar o clube.

Gente como esse inacreditável Tote Menezes e o filho do Horcades (assessor de imprensa do clube que nunca pisou em uma redação e ganha um gordo salário mensal), uma Vice-Presidência de Marketing que arrecada mensalmente (com uma marca como a do Fluminense) o que não é suficiente para regar a grama das Laranjeiras.

Amigos, quando a Era Unimed terminar no Flu, o futuro é sombrio, a menos que possamos reverter isso. Precisamos sair da primeira metade do Século XX e entrar no Século XXI.

Paraná 3 x 1 Fluminense: Fernando Henrique (2); Rafael (4) depois Jean (3), Luiz Alberto (4), Roger (4) e Júnior César (4); Fabinho (5) depois Gabriel (5), Arouca (3), David (4) depois Soares (4) e Cícero (2); Somália (2) e Alex Dias (2).
Gol: Somália, aos 10 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Fabinho, Júnior César e Cícero.

Cezar Motta - cezar_motta@uol.com.br


 
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