Odvan, Maicon, Amarildo, Marcelo, junto com os reservas de Arilson e Djair. Nomes que nos soam como pesadelos recentes com a camisa do Fluminense.

Vamos juntar a esses nomes outros perebas como Claudemir, Daniel (rebutalho do Botafogo), o frangueiro Everton, corrido de São Januário, assim como Muriqui, e outros ilustres e ruins desconhecidos. São ruins, mas são homens, têm brio.

O time reserva do Madureira não assusta ninguém, lendo-se assim sua escalação. Ou melhor, assusta sim, aos desfibrados, aos parasitas, aos canalhas, aos não-homens que começaram o jogo envergonhando e emporcalhando a camisa do Fluminense.

Poucas vezes, em 50 anos acompanhando futebol, vi atuações tão ridículas, lamentáveis, revoltantes, com a camisa do Flu, como as de Júnior César, Carlos Alberto e Cícero no primeiro tempo de ontem.

Todos os outros jogaram muito mal, abaixo da crítica, de forma lamentável, digna de rescisão de contrato, mas o trio acima, além de apanhar da bola, demonstrou uma falta de raça, de vergonha, de profissionalismo que merecia uma avaliação geral logo depois da eliminação do campeonato.

Se entrarmos com essa gente sem caráter no Brasileirão, vamos ser rebaixados. Desculpem, amigos, a revolta, até irracional, mas a paciência acabou. Não consigo ser racional.

O time deste ano conseguiu a proeza de se apresentar pior do que os piores momentos do grupo do ano passado. Júnior César nos faz ter saudades do Jean, do Juan, até mesmo do Lino.

Não há qualquer condição de fazer uma análise tática ou técnica. No primeiro tempo, o que houve foi apatia geral, sendo que em alguns casos, com perdão da comparação apenas retórica, ficou parecendo que Renato Silva tinha companhia em suas incursões #relaxantes#.

Sim, porque parecia que tinha havido um #antidoping#, que os jogadores haviam tomado sonífero. Uma vergonha, uma falta de respeito com quem encarou um sol de 40 graus e o desconforto de Moça Bonita, e com quem paga Pay-per-view e desperdiça um sábado para ver semelhante canalhice.

No segundo tempo, Joel fez duas substituições absolutamente malucas, irracionais. Se o time não consegue trocar sequer dois passes, ele não pode, em hipótese alguma, pôr em campo um lutador de #full-contact# como Rafael Moura, que não consegue sequer controlar ou chutar uma bola.

Rafael Moura é o verdadeiro Canelão, não o Marcelo. Mas alguma coisa de muito podre, de muito errada, acontece no Fluminense, alguma coisa que impede bons jogadores de jogar um futebol digno sequer de um time pequeno.

No Flu, jogadores jovens, muito bem pagos, com bom histórico anterior, transformam-se em jogadores de futebol-totó que sofrem de leucemia em último estágio. Saudades de Marcão, Marcelo, Leandro, gente que, sem ser brilhante, suava a camisa, demonstrava brio, caráter, profissionalismo.

Luiz Alberto deixou um recado claro na entrevista que deu após o jogo: #Não adianta ficar escondidinho no vestiário, temos que ser homens, mostrar a cara#. Para quem será o recado?

E se o Joel insistir com Cícero, Júnior César, Romeu como segundo volante, com Rafael Moura, é porque o próprio Joel não pode continuar. É preciso pôr homens em campo, não moleques preguiçosos e covardes.

Vários tricolores já alertaram: o Fluminense não acerta um chute a gol, não acerta uma cobrança de falta e agora não acerta nem mesmo cobrança de pênalti # se bem que este desgosto o Petkovic já nos deu à vontade no ano passado.

Carlos Alberto, maior salário do futebol brasileiro, precisa igualmente parar de falar em seleção brasileira, precisa parar de criticar os colegas, e ele próprio jogar bola. O sujeito não acerta nem pênalti, não acerta um passe, não corre.

Carlos Alberto deu a nítida impressão de que entrou em campo sem condições de jogo, por causa da tal pancada na bacia. Então não entre em campo, porra! Deixe jogar alguém que esteja inteiro fisicamente.

Depois de perder um pênalti no domingo passado, em um clássico duríssimo, pênalti que poderia definir a partida a nosso favor, Carlos Alberto envergonhou a camisa do Fluminense neste sábado, com uma atuação inaceitável.

Mas parece que o Joel não vai ter personalidade suficiente para barrar quem não quer jogar, quem está se escondendo, mesmo com salário alto. É a diferença dele para um chamado #treinador de ponta#, que faz o que é preciso fazer, mesmo que seja a barração de um alto salário.

Está na hora de dar um choque, de pôr em campo David, André Moritz, Dionattan, gente que tem força física e vontade de jogar # ou será que também eles estão contaminados pela canalhice que tomou conta dos jogadores?

Por incrível que pareça, quem salvou o Fluminense de uma goleada foi o jogador mais criticado dos últimos tempos: o goleiro Fernando Henrique, que teve atuação perfeita e fez defesas brilhantes.

É preciso reformular este elenco para o Brasileirão, ou vamos ter novos dissabores. Se não houver atitude radical, é melhor desistirmos de acompanhar futebol este ano.

Madureira 1 x 0 Fluminense: Fernando Henrique (9); Carlinhos (5), Thiago Silva (6), Luiz Alberto (5) e Júnior César (0); Fabinho (2), Romeu (3), Cícero (0) depois Lenny (5) e Carlos Alberto (0); Soares (5) depois Rafael Moura (0) e Alex Dias (1).
Técnico: Joel Santana (0).
Gol: Muriqui, aos 40 minutos do primeiro tempo # aliás, uma vergonha absoluta de gol.
Cartões amarelos: Luiz Alberto, Thiago Silva, Júnior César e Fabinho.