O Fluminense me deixa ainda mais sedento e faminto

Amigos sempristas, hoje não poderei escrever direito o Raio-X porque estou em Yom Kippur, data judaica muito importante, quando os judeus jejuam por 24 horas para obter de D?us o perdão pelos pecados cometidos no ano que passou e serem escritos no Livro da Vida do próximo ano, no caso 5763. No entanto, farei um pedido... David Fischel, meu companheiro de religião, por favor, reflita nesse momento e traga um técnico de verdade, de preferência acompanhado por alguns jogadores de verdade também.

Meu ex-chefe Márcio Ogata, são-paulino roxo, já me zoou pelos 6 a 0 de hoje. Parabéns, meu amigo Ogata!!! Os bambis do Morumbi realmente deram um show nesse bando de amarelões do único Tricolor de verdade (os demais são times de três cores). Lamento muito esta derrota para a fábrica de chupetinhas (no São Paulo, a primeira categoria das divisões de base se chama chupetinha, em vez da tradicional fraldinha, talvez por isso o clube tenha revelado atletas do porte de um Caio, Júlio Batista e kaká).

Já vi que vou ter que rezar muito na Sinagoga hoje e amanhã pelo Flu. Rezar para o Kleber não se jogar sempre com os pés em tudo quanto é chute... Para o Flávio dizer ?presente? na chamada do campo... Para o César acertar alguma cobertura sem cometer faltas ou pênaltis... Para o Andrei não furar na defesa e cobrar uma falta decente no ataque... Para o Marquinhos cobrar lateral direito... Para o Marcão não ser o único jogador que marca direito no time... Para o Jancarlos definir qual a sua posição em campo... Para o Beto não estar bichado... Para o Diniz tocar uma bola para o Romário... Para o Magno Alves não ser tão egoísta... Para o Romário ser aquele Romário... Para o Zada chegar pelo menos aos pés do Roger... Para o Zé Carlos não tabelar com os atacantes adversários... Para o Roni não ser sempre a primeira opção na reserva... E para o Renato Gaúcho pegar a sua camisa da Porção e treinar o time da sua churrascaria.

Daniel Cohen - daniel.cohen@sempreflu.com