Goiás 5 X 3 Flu - Crime Contra o Flu - Por Cezar Motta. - 20/10/2007 Já era esperado. O Flu nunca joga bem no Serra Dourada, mas o futebol desse malfadado jogo foi mais horroroso do que o penteado de Tiuí e Romeu. Não só o futebol, mas o espírito, a disposição dos jogadores. Thiago Silva, Luiz Alberto e Romeu, que lutaram, deveriam pegar alguns colegas e dar-lhes uma surra, tamanho o descompromisso, a irresponsabilidade e a falta de respeito deles com a camisa do Fluminense, com a torcida, com o patrocinador que lhes paga o salário. Refiro-me aos canalhas Gabriel, Júnior César, Cícero, Alex Dias, Tiuí e David, que caminharam em campo, não acertaram uma só jogada, mostraram total desinteresse pelo jogo, falta de brio e de vergonha. Alguns deles, aliás, pareciam estar disputando um rachão com a barriga cheia de galinhada com pequi, regada a cachaça e cerveja. Tudo bem, o time não vai cair, está na Libertadores, não tem chance de ser campeão. Mas, que diabos, é o time do Fluminense, que não pode tomar cinco gols daquele time mambembe do Goiás. Evidentemente, como não poderia deixar de ser, o ladrão gaúcho com apito deixou de marcar dois pênaltis claros para o Flu, inverteu faltas, enfim, a má-vontade de praxe. Mas não é aceitável que o Flu mantenha em seu elenco no final do ano jogadores como esses, os que nos envergonharam em campo. Claro que Gabriel vai ficar porque tecnicamente é muito superior aos outros, e o Júnior César tem um inexplicável prestígio no clube. Pouco há a dizer sobre o jogo. O Goiás, desesperado, com um time bastante modificado, com um zagueiro central pesado e lento improvisado na lateral esquerda, com jogadores em nível de segunda divisão, veio dando tudo o que tinha. Mas o que tinha não era muito. Nossa zaga facilmente neutralizava as tentativas, e o mais perigoso jogador deles era um já decadente Paulo Baier. O que fazia a diferença, entretanto, era o empenho, a luta, dos goianos, contra o descaso com que o Flu jogava. Os únicos a lutar efetivamente em campo eram Thiago Silva, Luiz Alberto, Fabinho e Romeu, e só por causa deles não tomamos logo um balaio de gols. O resto arrastava-se em campo. Quando Júnior César batia um escanteio, dava vontade de chorar. Lá pelos 15 do segundo tempo, por exemplo, a zaga do Flu foi para a área tentar o cabeceio. Pois o nanico simplesmente bateu o córner rasteiro no pé do lateral direito deles, que estava pertinho, e armou um perigosíssimo contra-ataque para o Goiás. Um erro tão ridículo que o correto seria substituir imediatamente o nanico e interná-lo em Xerém, para treinar até aprender. E ele se dá ares de líder, reclama com braços abertos. Gabriel, por sua vez, escondeu-se o jogo inteiro. Simplesmente caminhava em campo, preguiçoso e alheio à sorte do time. Mas o time do Goiás é tão ruim, e estava tão ansioso e inseguro, que permitiu ao Flu abrir o placar em uma jogada daquelas antigas linhas-de-passe, em que uma turma ficava trocando passes de cabeça em frente a um goleiro. Adriano Magrão recebeu pela esquerda, viu Alex Dias meio desmarcado pela meia direita do nosso ataque, já dentro da área do Goiás. Magrão cruzou, e na única coisa certa que fez em todo o jogo, Alex ajeitou para a entrada de Cícero, que completou a linha-de-passe com o pé esquerdo. Também foi a única coisa que fez em campo. Sumiu, ninguém sabe, ninguém mais viu. Aos 36 minutos de jogo. Na seqüência, saída de bola do Goiás, o lateral direito deles, Vitor, passeou pela Avenida Júnior César. O nanico desgraçado não marca ninguém e nem sabe apoiar. Vitor cruzou rasteiro na área. O ataque do Goiás, por sua vez, jogou bilhar em nossa defesa e, no bate-rebate, Paulo Baier chutou. Um menino de sete ou oito anos faria o gol, tal a facilidade oferecida pelo sonolento e irresponsável time do Flu. A virada foi rápida, poucos minutos depois. Contra-ataque veloz e errático, um centro-avante impedido, e gol deles. Mas o juiz era o Gaciba. Os nossos laterais dormiam em campo, Cícero, Arouca e Fabinho estavam abduzidos pelo demo, zaga idem, bola cruzada da ponta-esquerda deles, e 2 a 1. O primeiro impulso foi desligar a televisão, porque pressenti a goleada, o vexame, a vergonha. Lamento pela turma que se deslocou de Brasília, gastou dinheiro com aluguel de ônibus, cantou o jogo inteiro, e foi desrespeitada pelos canalhas que desonraram a camisa do Flu. Começo do segundo tempo, mesmo panorama. O Goiás morria de medo, um time fraco, mas com vantagem no placar e sem saber exatamente como segurar a vitória. Aos 9 minutos, Gabriel e Arouca acordaram do sono letárgico. Arouca recebeu como um ponta-direita e cruzou. O tal André Leone espalmou o cruzamento, como um goleiro. Pênalti, que o ladrão gaúcho não teve como deixar de marcar. Thiago Silva viu que Gabriel dormia, pegou a bola e guardou. A esta altura, o #juiz# tudo fazia para ajudar o Goiás. Permitia o jogo violento e marcava falta a cada encenação de Paulo Baier. Em uma das faltas, pela ponta direita do Goiás, Paulo Baier alçou na área e Adriano Magrão, que jamais ganhará o Prêmio Nobel de Física ou de Literatura, por sofrer de sérias limitações intelectuais, empurrou o centro-avante deles. Pênalti. E gol: 3 a 2. Aos 18 minutos, milagrosamente, #ele#, o Inominável, incrivelmente marcou um pênalti a nosso favor. Foi pênalti claro: Luiz Alberto pegou a bola entre dois zagueiros e um deles fez alavanca com a perna do L.A. Em condições normais, #ele# jamais marcaria. Afinal, já deixou de marcar pênaltis a nosso favor, como aquele em que o zagueiro do Coritiba, em 2005, fez uma fantástica ponte e espalmou para escanteio nas barbas #dele#. Novamente Thiago Silva cobrou com categoria e pôs as coisas no lugar: 3 a 3. A essa altura, porém, Alex Dias só faltava se deitar em campo e roncar, assim como Gabriel, Júnior César, Arouca, Cícero. Renato, então, começou a perpetrar novas barbaridades. Pôs o também sonolento e omisso David no lugar de Arouca. Tirou Adriano Magrão, que foi horrível tecnicamente, mas pelo menos lutou, e pôs o incrível e absurdo Rodrigo Tiuí. Um fantasma, um deboche. No primeiro lance do Tiuí, eu me senti vingado do Renato. Tiuí, como sempre, fez corpo-mole e perdeu uma bola que recebera limpa da zaga. Renato foi à loucura e gritou #Vai, Tiuí, porra!!# Em seguida, porém, Tiuí recebeu dentro da área em velocidade. Um zagueiro veio correndo e aplicou um violento carrinho, por trás, nas pernas do magricelo descabelado. Pênalti escandaloso, e talvez passível de expulsão. Mas #ele#, o ladrão, viu escanteio, embora o goiano sequer tenha acertado a bola. E foi tudo. Só Fernando Henrique, Thiago Silva e Luiz Alberto continuaram jogando. O resto do time, era como se tivesse ido para o vestiário, ou se recolhido ao Castro Hotel para uma soneca com ar condicionado ligado. O Goiás passou a deitar e rolar, e em uma bola cruzada da Avenida Júnior César, na terra de ninguém que é a nossa lateral esquerda, tomamos o quarto gol, de cabeça, aos 38 do segundo tempo. Os nossos #jogadores# capricharam ainda mais. Em vez de caminhar em campo, como que se plantaram com raízes no chão. David, Tiuí, Gabriel, Alex Dias, era caso pra tapa na cara, pra tomarem vergonha. Um tal Wendell foi à linha de fundo, nas costas do Gabriel e cruzou. Júnior César, então, perpetrou o toque final em sua obra. Atirou-se de carrinho, sem jeito, todo torto, e marcou, finalmente, o seu gol. Infelizmente para nós, contra nossas próprias redes. Não dava mais pra ver um absurdo semelhante, assistir ao Fluminense humilhado devido à irresponsabilidade de meia dúzia de FDPs. Vergonhoso, mas infelizmente vai ficar por isso mesmo. Nas estatísticas, na Loteria Esportiva, na História, no imaginário de nossas crianças tricolores, vai ficar a vergonha, uma goleada sofrida para um time fraquíssimo. E os patifes vão faturar em dia seu gordo salário, e esperar a hora de sair do clube e entrar na Justiça, exigindo mais alguns milhões de indenização trabalhista. Alguns vão até disputar a Libertadores e nos matar de raiva. Goiás 5 x 3 Fluminense # Fernando Henrique (6); Gabriel (2), Thiago Silva (7), Luiz Alberto (7) e Júnior César (0); Fabinho (5) depois Soares (sem nota), Romeu (6), Arouca (4) depois David (0) e Cícero (2); Alex Dias (0) e Adriano Magrão (3) depois Rodrigo Tiuí (0). Gols: Cícero, aos 36 minutos do primeiro tempo, e Thiago Silva, aos 9 e aos 18 do segundo tempo. Cezar Motta - cezar_motta@uol.com.br JOGOS ANTERIORES: - 29/01/2019 A Super-libertadores Com Norte-americanos e o Fluminense - 16/10/2018 Os Ralos Por Onde o Dinheiro Some no Flu - 05/10/2018 A Mentira Como Forma de Gestão... - 25/09/2018 Um Desolador Vestiário Com Salários Atrasados - 14/09/2018 Um Desolador Vestiário Com Salários Atrasados - 14/09/2018 Ou Mudamos, ou Morremos - 26/08/2018 Fluminense 1 X 2 Avai - Copa do Brasil // Por Neto Fluritiba - 01/03/2018 Força Abel Braga - 29/07/2017 Atlético-mg X Fluminense //por Marcos Cabidelli - 21/05/2017 Fluminense X Santos //por Marcos Cabidelli - 14/05/2017 Liverpool X Fluminense //por Marcos Cabidelli - 11/05/2017 Flamengo X Fluminense //por Marcos Cabidelli - 07/05/2017 Fluminense X Flamengo //por Marcos Cabidelli - 01/05/2017 Fluminense X Vasco //por Marcos Cabidelli - 23/04/2017 Fluminense X Goiás //por Marcos Cabidelli - 21/04/2017 Goiás X Fluminense //por Marcos Cabidelli - 13/04/2017 Botafogo X Fluminense //por Marcos Cabidelli - 09/04/2017 Flu 1 X 1 Vitoria # Por Lierson - 15/11/2016 Cruzeiro 4 X 2 Flu # Por Lierson - 06/11/2016 Flu 2 X 2 Vitória # Por Lierson - 28/10/2016 Coritiba 1 X 1 Flu # Por Lierson - 24/10/2016 Flu 1 X 2 São Paulo # Por Lierson - 17/10/2016 Flu 1 X 2 Flamengo (que Várzea!) # Por Lierson - 13/10/2016 Santos 2 X 1 Flu # Por Lierson - 05/10/2016 Flu 3 X 1 Sport # Por Lierson - 01/10/2016 Corinthians 0 X 1 Flu # Por Lierson - 25/09/2016 Corinthians 1 X 0 Flu ( Outra Garfada Descarada!) # Por Lierson - 21/09/2016 Grêmio 0 X 1 Flu # Por Lierson - 18/09/2016 Flu 1 X 2 Chapecoense (de Novo!) # Por Lierson - 15/09/2016
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