Perdemos por 1 a 1. Apesar do alívio por abandonar os 33 pontos, é péssima a sensação de não ganhar um jogo quando se joga melhor que o adversário e se perde boas chances de gols.

Ainda sem Fred, mas com Scarpa de volta ao meio e nova aposta em Vitor Oliveira na lateral esquerda, o Fluminense começou a todo gás contra o Coxa na casa deles. Em cinco minutos já havia criado duas boas chances de marcar. A trinca de meias por trás do centroavante formada por Marcos Jr., Scarpa e Gerson, a mesma que conseguiu os melhores resultados nesse campeonato parecia ter voltado a funcionar. O time conseguia trocar passes sem dar a bola ao Coritiba, que mesmo jogando em casa, mal incomodava a meta defendida por Cavalieri.

A partir dos 20 minutos o time diminuiu o ritmo mesmo empatando e embora já tivesse merecendo estar a frente do placar. Dessa forma, o time da casa equilibrou as ações, mas o Fluminense mostrou que tem jogador que desequilibra, e desequilibra mesmo: Gum! O zagueiro estava com a bola dominada no setor defensivo e próximo a linha lateral. Qualquer jogador comum tentaria chutar a bola sobre os adversários que pressionavam para tentar arrumar o lateral, mas jogador que desequilibra faz diferente, e assim fez o Gum, empurrando a bola direto para a lateral, cedendo-a ao adversário.

Não bastasse a gentileza em entregar a bola, o fez e ainda ficou parado reclamando do quê não se sabe. O Coritiba bateu rápido e fez o gol. 1 a 0 para eles. O resultado soava injusto, mas há jogadores que desequilibram, e quando isso acontece, é inválido tentar clamar por justiça no campo de jogo. O gol do Coritiba apagou completamente o Fluminense até que o Vuaden apitasse o fim da primeira etapa.

O time voltou do intervalo mostrando a mesma disposição do início do tempo. Envolvente por conta de um Gerson mais participativo, o Fluminense voltou a perder gols. O Coritiba chegava pouco à área Tricolor e na frente faltava capricho para empatar, até que em jogada pelo lado esquerdo a bola ficou com Marcos Jr. na área que deu belo drible num zagueiro e estufou a rede do Coxa. 1 a 1. O gol não trazia ainda justiça ao placar, tornando-o apenas menos injusto.

O Fluminense continuava melhor em campo, mas aí mais uma vez o Fluminense contou com gente que decide. Agora foi a vez do técnico Enderson. Colocou Oswaldo no lugar do Gérson que estava bem no jogo ao invés de tirar o Scarpa, que a essa altura já havia caído de produção. O time esfriou e passou a dar campo para os donos da casa. Isso se acentuou quando mesmo com o jogo mais equilibrado ele tirou o Scarpa para colocar o Edson. Fechou o caixão do time.

Demonstrou que estava satisfeito com o empate em um jogo cuja vitória era mais do que possível, era provável. O medo de perder tira a vontade ganhar. O Fluminense deu a bola e campo para o adversário e torceu para o jogo acabar daquela forma, e assim foi. Fim de jogo, 1 a 1, com atuações decisivas dos Tricolores Gum e Enderson, mas a favor do Coritiba. Lamentável!


Tricoladas

Depois de alguns jogos, mesmo sem conseguir a vitória, o time jogou melhor que o adversário, o que dá esperanças para os próximos compromissos, mas ainda há muito a melhorar para acabar o resto do ano sem grandes sustos.

O volante canhoto Douglas foi novamente titular no lugar do Edson. Não fez grande partida alguma, mas parece não sentir o peso de jogar nos profissionais, o que já é um bom sinal. Que continue evoluindo.

Chamou atenção a participação do Fred na corrente do vestiário e no campo (banco de reservas) hoje. Em alguns momentos parecia ele o técnico e o Enderson o auxiliar. Atitude de líder, de ídolo. Fred certamente receberá reconhecimento tardio da torcida Tricolor. Só quando parar de jogar é que será percebido o seu valor. Mas... ele continua sendo mais útil dentro de campo, portanto, que esteja pronto para empurrar bolas para a rede do Sport no domingo.

Saudações Tricolores!

Marcus Bomfim - marcus.bomfim@gmail.com