Até que enfim! Pensei que nunca mais venceríamos o Vasco. A maior freguesia atual dos clássicos cariocas (jogos que envolvem Fluminense, Vasco e Flamengo) teve sua última sequência (10 jogos) interrompida hoje. Aposto que os padeiros trocariam algumas das vitórias anteriores pela de hoje, pois embora continuem dependendo de duas vitórias para se livrarem do rebaixamento, a distância para o primeiro time fora da zona aumentou em um ponto. O Fluminense tem agora como meta apenas ultrapassar o Flamengo e ser o #melhor do Rio#, o que na atual conjuntura não significa muita coisa.

Confesso que fiquei temeroso com a escalação do Fluminense anunciada pelo Eduardo Batista. W. Silva improvisado na lateral esquerda e Oswaldo como substituto do Fred não me pareciam as decisões mais bem tomadas, no entanto, com a bola rolando o temor foi sendo substituído pela esperança. O time apresentava-se compacto e Gerson era nosso jogador mais adiantado com Oswaldo um pouco mais recuado pelo lado direito. Scarpa e Vinícius organizavam bem o time no meio, mas tiveram seus trabalhos facilitados pela excelente partida feita tanto por Cícero, como por Pierre.

Cm exceção de uma cabeçada de Jorge Henrique em jogada de escanteio no início do jogo e de uma falta cobrada por Rodrigo, o primeiro tempo foi todo do Fluminense. O time jogava em bloco e com inteligência, mas pecava no passe final, principalmente quando atacava pelo lado esquerdo e quem recebia a bola aberto era o W. Silva, que até ajeitar o corpo ou a bola perdia tempo e desperdiçava jogadas. Apesar de mais posse de bola, qualitativa e quantitativamente, o gol teimava em não sair, mas o último lance da etapa inicial levou justiça ao placar.
Cícero retirou de bicicleta a bola da defesa do Fluminense e a bola caiu nos pés de Scarpa que fez boa jogada e a bola sobrou para Gerson finalizar para abrir o placar.

O segundo tempo começou da mesma forma que foi o primeiro. O Fluminense jogando com equilíbrio e inteligência sem dar chances ao Vasco, mas isso foi apenas até os 20 minutos, quando o Vasco ficou com quatro atacantes em campo e o Fluminense não conseguiu manter a proximidade entre a primeira e a segunda linhas. W. Silva tirou bola sobre a linha e Riascos acertou travessão. O time não conseguia segurar a bola na frente com W. Paulista, que entrara no lugar do Gerson, e o índice de acerto de passes despencou.

Já chegando nos 40 minutos o Fluminense começou a contra-atacar e perder gols. Primeiro o jovem Higor Leite driblou o goleiro e se jogou, sendo merecidamente expulso já que já havia levado cartão amarelo antes. Depois Magno Alves foi fominha e não rolou para Scarpa livre e, por fim, W. Silva, no último lance do jogo, após o goleiro vascaíno ter ido tentar fazer gol em escanteio pro Vasco, perdeu o gol mais incrível dos últimos tempos. Só dá para perdoá-lo porque o #gol# dele foi tirar a bola sobre a linha.
Fim de jogo e alívio triplo para o Fluminense: tirou a uruca contra o Vasco; livrou-se da degola e ajudou a manter o rival iluminando o campeonato com sua lanterna. Agora é terminar o campeonato com dignidade e, de preferência, na frente do Flamengo.

Tricoladas

Eduardo, não dá para manter o W. Silva parecendo aleijado na esquerda. Joga a bola no peito do Ayrton nessa reta final, pois vai servir para o processo de amadurecimento do moleque com vistas ao ano que vem.

Marlon falhou decisivamente contra o Palmeiras e hoje, mais uma vez, desfilou seu excesso de preciosismo em alguns lances. É disparado nosso melhor zagueiro e uma grande esperança em nível de futebol nacional, mas precisa ser mais humilde. Como diz o Muricy, a bola pune.

Já tem torcedor Tricolor parodiando o grito dos padeiros dizendo #EU ESCOLHI TE REBAIXAR!#. Rsrsrs

Imaginem a hipótese de na última rodada uma combinação de resultados fizer com que o Fluminense precise vencer o Figueirense fora de casa para o Vasco não cair. Você torceria para o Fluminense perder???

Saudações Tricolores!

Marcus Bomfim - marcus.bomfim@gmail.com