Esta é uma posição exclusivamente pessoal, que não reflete necessariamente a opinião do site Sempreflu que, por definição, é neutro e garante espaço a todas as correntes de opinião # principalmente a opinião dos torcedores do nosso querido e tão maltratado Flu.

Mas aproveito esta pausa até o jogo contra o Atlético Paranaense para defender aqui a candidatura de Peter Siemsen à presidência do Fluminense.

Não sou nem mesmo sócio do clube, e portanto não tenho direito a voto, e nem tenho qualquer tipo de interesse no clube.

Aliás, tenho um interesse: o de ver novamente o meu clube campeão, vitorioso em campo, saneado financeiramente, respeitado como instituição exemplar, e não mais como instituição caloteira, que nem mesmo pode vender um jogador para o exterior por causa de débitos fiscais com a Previdência Social, com o Imposto de Renda, com o FGTS # uma instituição fora-da-lei, tecnicamente falida e desmoralizada.

Não agüento mais ler notícias sobre ações judiciais de jogadores, cobrando dinheiro atrasado, salários não-pagos pelo Fluminense, FGTS não-depositado. Isso é uma vergonha, e os homens que dirigem e dirigiram o clube, e deixaram que a coisa chegasse a tal ponto, deveriam ter vergonha de si próprios, de encarar suas famílias, e não posar como pavões sempre que há uma chance na mídia.

O Fluminense, ao longo dos últimos 20 anos, tem descontado o INSS dos salários de jogadores e funcionários, mas não o repassa ao governo. Gasta não se sabe como, deixando as contas dos trabalhadores a descoberto, assim como o FGTS. Um clube criminoso, que se apropria de forma indébita de dinheiro alheio. Ou seriam criminosos seus dirigentes, e não o clube? Deixo a conclusão aos amigos.

Por tudo isso, quero manifestar meu apoio público a quem mais vem-se preocupando com o assunto, a quem tem o melhor diagnóstico da situação e as melhores condições técnicas para resolver o problema. E ainda oferece a garantia de manter um time de futebol forte e competitivo.

Não sou sócio, mas se há um ano eu soubesse que Peter Siemsen seria candidato a presidente em 2007, certamente me teria associado, e ao meu filho que mora no Rio de Janeiro, para juntos votarmos nele.

É um homem jovem, de 40 anos, sem vínculos diretos com nenhuma das correntes políticas do clube, com uma proposta renovadora e profissionalizante, e com conexões importantes no mercado e no mundo dos negócios e com credibilidade pessoal e profissional indiscutível. Quem quiser checar, o site de seu escritório de advocacia de marcas e patentes é dannemann.com.br.

Quem deseja ver novamente o Fluminense como uma entidade séria e respeitada, que paga suas contas e em condições de negociar com clubes do exterior, com reflexos dentro do campo, deve não só votar, mas apoiar e ajudar como puder a candidatura de Peter Siemsen.

Por uma questão de justiça, devo assinalar que Paulo Mozart, um homem digno, sério e vitorioso em sua área de atuação profissional, também apresentou, na última eleição, um projeto-modelo para saneamento e modernização administrativa do clube. Mozart também sempre atuou cercado de tricolores competentes e de excelente qualidade humana e técnica, como os do grupo denominado #Tricolor de Coração#.

Mas acredito, pessoalmente, que é o momento de uma renovação. De um nome com maior impacto e com melhores condições para resgatar o Fluminense da decadência que começou há mais de 20 anos, e que parece não ter fim # claro, o fim do processo seria a própria extinção do futebol do clube, o que terminará por acontecer se tivermos novos presidentes da estirpe do atual e dos que nos atormentaram ao longo da segunda metade dos anos 80 e nos anos 90.

Torço, sinceramente, pela união de todas as oposições em torno do nome de Peter Siemsen. Mas, como todos sabemos, há implicações de todo tipo que, às vezes, impedem a tão sonhada união. Por isso, apóio a candidatura pré-lançada como fato desencadeador do processo. A hora é esta.

É a chance de trazer o Fluminense ao século 21, ou pelo menos ao final do século 20 # sim, porque o nosso clube está ainda na primeira metade do século 20, com métodos, instalações, estrutura e vícios dos anos 40. A diferença é que a qualidade dos homens que dirigiam o Flu nos anos 40 era muito melhor do que a atual # o Flu pagava suas contas em dia, não atrasava salários, era modelo de organização (repito: modelo para a época, não para os dias atuais).

Nos anos 90, chegamos ao cúmulo de ter um presidente que perdeu uma cota inteira de televisão numa mesa de pôquer e que abriu uma cidra vagabunda (como se fosse champanhe) para comemorar uma virada de mesa.

Chega! É preciso outra virada de mesa: aquela que nos levará de volta à normalidade, à legalidade, à organização, à profissionalização, à adimplência, aos títulos, à condição de clube respeitado, e não motivo de chacota para outras torcidas e para pseudo-jornalistas.