Fluminense 1 x 0 Corinthians - 14/07/2002 Será que foi só SORTE ? O duelo contra o Palmeiras nos dirá. Fluminense x Corinthians não só deixou a gente há quatro jogos da Libertadores, situação semelhante às vésperas do jogo contra a sempre freguesa Macaca no Brasileiro passado. O jogo marcou o retorno de um personagem que ficou ausente por uns tempos. Quem? Foi o velho Sobrenatural de Almeida, que teve influência no peteleco desviado do Roni. No entanto, a sorte não foi isolada. O técnico Robertinho, que evitou o ?tetra? do Fla em 1980 como jogador e em 2002 como treinador, mostrou ser competente. Não é à toa que ele foi campeão no infantil, juvenil, junior e profissional. Mérito também há. A boa postura do setor defensivo é um fato inegável. Nos últimos sete jogos foram apenas dois gols tomados. Sobre o jogo, o Flu começou parecendo que precisava do empate, resultado que só beneficiava o time do Parreira, que finalmente perdeu para nós. Nos primeiros 20 minutos só deu Corinthians, mas a maioria das bolas eram chutadas de longe e o Murilo mostrava segurança, ao contrário do Doni. Depois dos 20 minutos, a pressão virou toda tricolor. O time chegava muito bem pelos dois lados. Os laterais Flavio (espero que seja falso o boato sobre sua venda ao Corinthians) e Marquinhos (posso estar enganado, mas acredito que acertamos nessa contratação) apoiavam com eficiência o ataque, Diniz parecia um terceiro atacante, mas o problema era o nosso ataque cardíaco. Roni e Magno Alves são mestres na arte de finalizar errado. Quando é para chutar, passam; quando tem que passar, chutam. E quando chutam conseguem a façanha de acertar o lugar mais imprevisível, muitas vezes a trave. Até o final do primeiro tempo foi um show de gols perdidos. A torcida tricolor sofre quando Roni e Magno jogam juntos. Dava a impressão que o ataque do Flu só faria um gol por acidente. Era incrível a quantidade de chances desperdiçadas. O setor defensivo corinthiano fazia de tudo para não ficar no zero, mas o Flu, assim como contra o Náutico e Paysandu, não aproveitava a gentileza adversária. Terminar a Copa dos Campeões como um time que não fez e sofreu gols seria terrível. Ainda mais com todo o Brasil vendo. O jogo estava sendo passado em rede aberta e a torcida local torcia pelo Flu. São em jogos como este que ganhamos torcida. Muito mais do que contra Tolucas da vida. E também ganhamos grana, algo hoje em dia escasso com a ditadura das cotas de TV. O Corinthians, com os pentacampeões Vampeta e Ricardinho, já tem uma boa cota garantida porque venceram a Copa do Brasil, assegurando a vaga na Libertadores de 2003 A bem montada equipe do competente Parreira, que também venceu o Torneio Rio-São Paulo no primeiro semestre, voltou melhor no segundo tempo. Vampeta quase fez um gol daqueles típicos que o Murilo toma de vez em quando, principalmente contra o São Caetano. No entanto, a sorte estava do nosso lado. Robertinho tirou Sidney, que era o pior do nosso meio-campo, e colocou Marco Brito. O jogo virou um duelo de dois 4-3-3. A substituição não surtiu efeito imediato, mas o Flu sempre chegava com mais objetividade, pecando nas finalizações. E numa das várias finalizações erradas, a bola desviou num dos fracos beques adversários e entrou. 1 a 0 Flu. O Robertinho ?Scolari? mostrava ter estrela e nos classificou para as quartas-de-final. Realmente a sorte é fundamental no futebol. Sorte que impediu o Timão de empatar no final, numa cobrança de falta do bom Ricardinho. Sorte também de Diniz, Roni, Régis e cia, que poderiam sofrer a ira de uma fiel torcida de um clube centenário. E sorte também de Robertinho, que calou, mais uma vez, os lobbies por Celso Roth, Valdir Espinosa e Nelsinho Batista. Daniel Cohen - daniel.cohen@sempreflu.com JOGOS ANTERIORES: Fluminense 3 x 1 Toluca - 24/07/2002 Fluminense 0 x 1 Palmeiras - 21/07/2002
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