Amigos, estamos em um estado híbrido no campeonato, um campeonato chatíssimo, em que não temos mais chances de título (o campeão já é o São Paulo, claro) e nunca estivemos ameaçados de rebaixamento # só mesmo torcedores patéticos, com um perfil mais parecido com os do Botafogo, torciam, temiam e apostavam no rebaixamento. Paciência...

Tivemos um final de semana feliz em matéria de futebol: Vencemos um adversário odioso e odiento, o Patético Paranaense, para quem todo o sofrimento do mundo nunca será suficiente; vimos o Bacalhau ser humilhado em casa, o que deve ser doloroso para Horcades e seu chefe, o Eurico, mas para quem é torcedor do Fluminense sempre é bom; vimos o Urubu tomar um cacete no Rio Grande do Sul, o que sempre é ótimo.

E vimos a Cachorrada ser posta em seu devido lugar, ao levar uma lambada de 4 a 1 do Náutico, lá em Recife, ao ritmo do frevo, e ficar cada vez mais longe de que sonhavam o Bebeto Chorão e o 171 Montenegro, vigarista fracassado.

E vão cair ainda mais, os cachorros, mesmo com todos os esquemas sujos que armaram, com o gangster Montenegro, mesmo com todo apoio da mídia. CHOOOORA, UIVA, CACHORRADA!!!!

E o Flu mostrou solidez, profissionalismo, mesmo sem realizar uma grande exibição. Vencemos os urubus sulistas com autoridade, e tivemos a certeza de que há jogadores de caráter, sérios, profissionais, como Luiz Alberto (só bobos ainda o questionam), Roger, Fabinho, Thiago Neves.

E tivemos a certeza de que outros não podem ser titulares em um time que sonha em ser campeão da Libertadores (e nós queremos o título da Libertadores, hein, Celso Barros e Peter Siemsem!!).

Rafael, Júnior César, Somália, Alex Dias, David, Soares, Cícero, nenhum desses bravos rapazes pode ser titular durante a Libertadores.

Claro que Gabriel vai substituir Rafael, mas precisamos de jogadores top de linha para a vaga dos outros # que até podem ficar, mas como reservas.

Foi, novamente, um jogo meio preguiçoso, em que o Flu teve o domínio desde o começo, mas pecava no último passe (aquele que deixa o jogador na cara do gol), e quando o último passe saía certo, Somália e Alex Dias desperdiçavam.

Arouca também precisa crescer, transformar-se em um jogador de primeira linha. Ensaia grandes jogadas, parece que vai explodir, parece que vai ser o dínamo do time, mas sempre se omite na hora H, sempre vacila, erra o último passe, finaliza mal. Precisa dedicar-se mais, caprichar mais, assumir mais responsabilidades.

Thiago Neves nunca vai ser um craque de seleção brasileira, mas é um jogador importantíssimo, bate bem na bola, às vezes desequilibra, está acima da média. Perde-lo pra Parmêra ou São Paulo será imperdoável.

O Flu dominou o jogo, tem melhores jogadores, tem melhor esquema de jogo, teve mais vontade, mas durante todo o primeiro tempo errava na finalização ou no último passe. Até que aconteceu uma falta aos 39 minutos do primeiro tempo, no lado direito do nosso ataque.

Contra o Santos, 3 a 0 Flu, o Thiago Neves cruzou alto, em curva, de pé canhoto, com a bola fazendo a curva da esquerda para a direita, e resvalando na suada careca do Luiz Alberto e morrendo na rede do Fábio Costa.

Contra o Patético, mesmo local, mesma falta, mesmo cobrador. Thiago Neves cobrou com o joanete do pé esquerdo, pela ponta direita, o Somália ajeitou para o Rafael, que devolveu para o Somália, que arrematou com raiva, no ângulo esquerdo do goleirinho deles.

Veio o segundo tempo, e eles puseram pressão sobre o Flu. Nosso time mostrou-se preguiçoso, sem vontade, mas nossa defesa é uma das melhores do Brasil.

Palmas para Luiz Alberto, Roger (um gigante de caráter, de dedicação, de profissionalismo!), para Fernando Henrique. E vaias para os chatos! E seguramos a onda.

E aí o mercantilismo do Patético Paranaense, a falta de ambição, o time ruim individualmente, tudo isso cobrou seu preço. É mesmo o CAP, Clube Ainda Pequeno.

Não conseguiram crescer para cima do Flu. E, aos poucos, nosso time foi se impondo, mesmo de forma medíocre, pouco ambiciosa, e o segundo gol era questão de tempo.

E o segundo gol veio quase igual ao primeiro, mas pelo lado esquerdo. O mesmo Thiago Neves cobrou a falta e o Somália meteu de cabeça.

Do outro lado, jogando pelo Patético, velhos tricolores de Xerém, como Antônio Carlos, Jancarlos, Marcelo. E o Flu poderia ter goleado, metido mais uns três gols, mas faltaram ambição e técnica.

O espírito está bom, resta saber se o planejamento está sendo correto e sério, profissional.

Faltam uns quatro reforços de alto nível para vencermos a Libertadores. Eu estou acreditando, mesmo torcendo desesperadamente pela derrota de Horca, o Exterminador do Futuro (do futuro do Fluminense).

Mais três anos de Horca significarão uma vocação para o suicídio, porque ele vai destruir o Flu, é um desastre ambulante.

Esperamos que o planejamento da Unimed retome o caminho das vitórias, que os reforços cheguem e que possamos fazer um belo papel, se possível com o título.

Vamos agora golear o pobre América de Natal e provar que chegaríamos à Libertadores mesmo sem o título da Copa do Brasil.

Fluminense 2 x 0 Patético: Fernando Henrique (6); Rafael (5), Luiz Alberto (8), Roger (9) e Júnior César (8); Fabinho (7), Arouca (6), David (6) depois Cícero (5) e Thiago Neves (8) depois Romeu (sem nota); Alex Dias (6) depois Soares (6) e Somália (7, pelos gols).
Gols: Somália, aos 39 minutos do primeiro tempo, e aos 21 do segundo.
Cartões amarelos: Cícero.

Cezar Motta - cezar_motta@uol.com.br