Fluminense 2 x 0 Grêmio - autor: Néio Lúcio - 30/08/2003

Foi a primeira vez que vi o time jogar ao vivo esse ano, e confesso que esperava mais dificuldade.
O jogo começou tão frio quanto o clima. No primeiro tempo, os times passaram bastante tempo se estudando, ambos jogando fechados na expectativa de um contra ataque. Não se marcava a saída de bola do adversário, preferindo combater a partir da intermediária.
O flu jogava com uma zaga firme, com atuação até surpreendente de Zé Carlos. O meio campo, distribuido em losango, tinha Marcão mais fixo a frente dos zagueiros, Sidney fazia um ala direito, com bastante movimentação e Diego um ala esquerdo, mas atuava de forma discreta. CA posicionado mais a frente iniciava os contra-ataques e buscava jogo em ambos os lados, sendo parado seguidamente com faltas. Com Marcelo jogando mais fixo do lado direito e Sorato na esquerda, mas sem velocidade, os contra-ataques se perdiam e o flu tinha dificuldades para penetrar na fechada defesa gaúcha. Até que veio a expulsão (injusta) do menino Diego.
Com isso, o Gremio saiu mais para o jogo, na sensação que que teria mais facilidade. Joel Santana chamou Sidney, que organizava o jogo no meio campo (bela atuação!!) e instruiu para que Sorato fechasse o lado esquerdo e Marcelo jogasse mais fixo a frente. (Eu estava bem atrás do Joel e pude observar seus gestos). No primeiro contra-ataque, a defesa do Grêmio estava desatenta e deixou um corredor do lado esquerdo para o Marcelo, que entrou em velocidade e, na raça, ganhou dos zagueiros colocando no canto.
Veio o segundo tempo e Joel, com um a menos, sacou Sorato da equipe, optando por fechar o meio-campo com Zada e jogar em contra-ataques que aproveitassem a velocidade e a inspiração de Marcelo. O Grêmio continuava parando seguidamente os contra-ataques com faltas, até que aconteceu o inevitável: o segundo cartão amarelo seguido do vermelho.
Com os times equilibrados numéricamente (ambos com 10), o time gaúcho perdeu um pouco do seu ímpeto, mas o Flu continuou jogando na defesa, porém, agora com espaços que os gaúchos deixavam ao nos pressionar, para que nosso time armasse perigosos contra-ataques que não eram aproveitados. Primeiro foi Marcelo que perdeu um gol feito e depois CA, que aparentemente sentiu contusão no lance.
Joel fez entrar Lopes (a torcida pedia R.Tiui, mas o jogo não era pra ele, que é muito leve e não teria com quem trocar figurinhas no ataque) e o time ganhou em velocidade. Com a segunda expulsão dos gaúchos, o Flu passou a dominar amplamente o jogo, e abriram-se avenidas pelas laterais do campo. Lopes perdeu um, dois, três gols e finalmente fez o seu, aliviando a galera que já andava preocupada.
Nos minutos finais o Flu deu olé, tocou a bola gastando o tempo e ainda acontecendo mais uma expulsão no time gaúcho, agora acompanhada de um tricolor (Zada).
Tiveram atuações destacadas Sidney, CA e Marcelo. Zé Carlos provou nesse jogo que, jogando simples e sem atabalhoamento, pode ser útil, assim como Lopes, em finais de jogo quando os espaços são maiores, pela sua velocidade e movimentação. Mas é preocupante ver um time que se posiciona sempre na defesa, mesmo vencendo por 1x0 e com 1 jogador a mais.
Jogar durante todo o tempo chamando o adversário para o nosso campo pode ser fatal contra equipes que tenham maior qualidade técnica, principalmente porque não temos um ataque "matador", que aproveite as poucas oportunidades que podem aparecer. E um placar adverso vai ser sempre um fator complicador, pois a equipe se habitua a jogar assim, não sabendo sair para cima do do adversário quando a situação exigir.
Não creio em rebaixamento, mas ainda espero muito sofrimento nos jogos mais difíceis.

Neio Lucio - neioavila@terra.com.br


 
JOGOS ANTERIORES:

Fluminense 3 x 1 Toluca - 24/07/2002
Fluminense 0 x 1 Palmeiras - 21/07/2002
Fluminense 1 x 0 Corinthians - 14/07/2002

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