SEMPRE FLU

Saudações Tricolores!
Trauma e Dor... estas foram as sensações deixadas neste tricolor pelo fatídico jogo do dia 2 de Julho de 2008... a noite da maior das alegrias se transformou na da maior dor jamais sentida. Foram, desde lá, quase quatro meses sem vestir o manto tricolor. Doía só de olhar...
O final do ano e do campeonato brasileiro se aproximando, e a tristeza da Libertadores foi substituída pela preocupação com o rebaixamento. O orgulho de ser tricolor não morreu, mas ficou guardado num canto do coração... ainda com hematomas da surra de Julho...
Então veio a semana do jogo contra o Internacional. Semana que começou abençoada, com o nascimento de meu sobrinho Pedrinho Pavan, Mexicano, e Tricolor, filho do meu irmão Felipe Pavan. Mais uma rodada que começou com times de baixo encostando nos #quase-salvos#. E a obrigação de apoiar o FLUMINENSE aqui em Porto Alegre.
O Domingo começou bonito, sol e céu limpo. A rodada de sábado ajudou, os inimigos com problemas na reta final. Pra este tricolor, o medo de mais uma rodada onde todos perdem, ou todos ganham, ou todos ganham e o FLU tropeça...
Chegamos cedo ao Beira-Rio, eu, meu irmãozão Guilherme Esbróglio, e o carioca-curitibano Bruno Petezzoni, e outros, aos poucos, quando o jogo começou havia pouco mais de 80 tricolores cantando, animados, mas conscientes da seriedade.
Início de jogo, o FLU bem, Welington Monteiro valendo os 50 mil... Arouca e Conca bem, o time ligado no jogo, o Inter com um time de reservas, sem nenhum entrosamento e o Monstro Thiago Silva dono dos primeiros 30% do campo tricolor.
Num chute do Romeu, de longe, o grito que mais do que comemorou um gol do FLU, mas que ajudou a cicatrizar o coração deste tricolor. Uma comemoração de todos os presentes, de três pontos necessários, valiosos.
Nenhum perigo do Inter no primeiro tempo. Na volta pro segundo tempo, a pressão normal dos donos da casa, que não durou muito. O Coração Valente presente, mas pecando ainda nas bolas que domina de costas pro gol. Perguntei-me se ele sofre de Labirintite, pois esse giro o deixa perdido com a bola.
Numa jogada rápida, muito rápida, pela esquerda do ataque, o Júnior César da Libertadores penetrou na área, recebeu e sofreu o pênalti. O Coração Valente pegou a bola, com compromisso, colocou na marca do pênalti. A arquibancada cantava #Coração Valente, Guerreiro Tricolor: Washington é matador#... e matou, matou a dor e o medo de rebaixamento, agradeceu à torcida, que pulava, se abraçava e cantava. Mais três pontos na conta, três pontos valiosos...
Mais um tricolor voltou a gritar #ORGULHO DE SER TRICOLOR!#
E o Pedrinho mostrou que chegou mais um pé-quente, assistiu, ou ouviu, o segundo gol já no colo do pai, em frente à TV, lá do México. Dois dias de vida, uma vitória, três pontos...
por Fábio Pavan