Adeus Libertadores, uma morte anunciada!

Outro dia destes, no fórum Sempreflu, recebi uma mensagem de um companheiro de fórum, o Bernardo Lins, que me dizia que tanto meu filho, o Júnior, como eu, temos uma maneira muita sensata em colocar nossas opiniões sobre a Fluminense.

Achei que ele não estava sendo muito justo conosco, pois pelo menos com relação ao meu filho achava-o muito revoltado em suas mensagens sobre a equipe.

Mas ele me fez sair um pouco do meu centrismo com seu ponto de vista, que vindo de fora para dentro, e me ajudou a entender que a revolta dele tinha fundamento, pois os meus sentimentos são aqueles de quem viu o clube glorioso, e não são os mesmos dele, que se tornou torcedor pela minha influência, e não chegou a ver os anos de glória do Fluminense. E assim pude compreendê-lo melhor.

E agora me liga o Cezar Motta e me pede, com toda educação que lhe é peculiar, que escreva a crônica ?Raio X?, sobre o jogo de hoje, num momento em que me encontrava abatido psicologicamente, logo depois de ter assistido esta quinta derrota consecutiva de nossa equipe no campeonato, quando finalmente conseguimos entregar para o adversário aquilo que praticamente estava em nossas mãos: a participação na Libertadores do ano que vem!

O que falar sobre este jogo, se na verdade o Cezar já vinha escrevendo desde aquele em que perdemos contra o Vasco, profetizando uma morte anunciada e apresentada em cinco capítulos?

Hoje foi o epílogo, o capítulo final deste triste drama do Fluminense no Brasileirão, um fim digno de chavões como aquele em que se diz: ?nadou, nadou, morreu na praia...? e outros mais para delírio e chacota dos adversários.

Nem mesmo eu, como esperaria o Bernardo, estou conseguindo tanta força assim, para ser sensato e compreensivo com minhas palavras neste momento!
Alguns ainda mais sensatos do que eu poderão dizer que melhoramos em relação ao ano passado, pois este ano fomos campeões carioca e vice na Copa Brasil! Participamos da Sul Americana e ficamos em quinto no Brasileiro, quando no ano passado ficamos em décimo!

Na verdade não vencemos nada de valor, nada que nos dignifique perante a mídia, perante os árbitros e os adversários, enfim, nada que faça com que nos tornemos um clube de respeito, como já fomos no passado.

O que posso escrever é que este ano termine logo, futebolisticamente falando, e que 2006 seja um ano completamente diferente para os torcedores do Flu: um ano de glórias.

Glórias que não só meu filho precisa delas, mas eu também, pois minha memória começa a falhar, não pelo peso dos anos, mas por não mais aceitar viver de glórias do passado!

Paulo Érico - pauloerico@apis.com.br