SEMPRE FLU

Saindo do andar de baixo da gangorra

Flu 4 x 0 Fla. Desde então, com exceção da Copa do Brasil, foi só derrota e um empate. Flu 1 x 4 Fla. A ilusão acabou. Chegou a hora de acordar. E nada melhor do que a estréia de um novo uniforme para marcar uma fase só de vitórias.

O adversário é o Internacional, única equipe com 100% de aproveitamento no campeonato. O problema é que o Colorado costuma dar sorte contra a gente, às vezes até com a ajuda do apito. Felizmente, dessa vez, o árbitro era o bom Heber Roberto Lopes.

Pouco mais de 4.000 pagantes foram ao Maraca para ver o Fluzão. Nada mais natural com a colocação do time na tabela e com um feriadão vindo por aí. Os presentes devem ter se assustado ao ver um uniforme ainda mais grená do que o antigo. Impressionante a desfiguração que a Adidas faz com a nossa camisa desde 96.

Começou o jogo e o time foi todo para o ataque. No primeiro lance de perigo, aos 4 minutos, gol do estreante da noite. Carlos Alberto, após tabela com Sorato, chutou na trave. O oportunista atacante pegou o rebote, completando para o fundo das redes. O que é difícil para o Ademílson, por exemplo, Sorato mostrou ser fácil. 1 a 0 Flu.

O gol animou o time que foi ainda mais para frente. Aos 26`, Jadílson cruzou, Ademílson puxou a marcação dos zagueiros e Sorato, com categoria, fez um gol com a marca do Baixinho da Copa de 94. 2 a 0. Em 26 minutos, Sorato igualou o que todos os jogadores do Flu fizeram em três jogos. Criticaram tanto a sua contratação, mas ele, para a nossa alegria, parece que vai calar a boca de muita gente.

Continuamos pressionando após o segundo gol. O jogo parecia fácil. Tínhamos tudo para golear, mas com César em campo é difícil não tomar gol. E já que o Inter mostrava incompetência para finalizar, nosso zagueiro tratou de ajudar ao fazer um pênalti desnecessário no final do primeiro tempo. André repetiu o que Marcelinho e Djalminha já fizeram com maestria e fez um belo gol na cobrança do penal. 2 a 1.

Para variar, o time complicava uma partida que estava mole. O segundo tempo começou e o alívio veio de novo aos quatro minutos. Um dos beques pernas-de-pau deles foi merecidamente expulso após cometer uma falta em Jadílson.

Rodolfo, que voltava ao time no lugar do Zé Carlos, dava um show como quarto-zagueiro, mas o nosso ?experiente? zagueiro-central... Aos 15`, César quase entrega o empate de mão beijada depois de uma furada, mas o São Kléber foi providencial, evitando o gol do meu xará.

Após a jogada, Lopes entrou em campo e com a corda toda deu novo animo ao time. Os efeitos de suas boas arrancadas foram vistos em pouco tempo e passamos a aproveitar a vantagem de ter um homem a mais.

Aos 20`, em sua terceira finalização, Sorato quase fez o terceiro de voleio. Alguns minutos mais tarde, ele sentiu o tornozelo e saiu de campo amparado pelos médicos tricolores. Uma pena. Dava gosto ver, finalmente, um centroavante nato com a nossa camisa.

Aos 35`, a chance mais perigosa do Inter na partida. Houve uma boa triangulação em nossa área e, por pouco, o atacante André não faz o seu segundo. Ele passou pelo Kléber e, um pouco desequilibrado, finalizou fraco. A sorte é que vários tricolores fechavam o gol, entre eles César, que dessa vez se redimiu dos dois graves erros anteriores, evitando o empate.

Depois de quase a casa cair, o time despertou. Aos 41`, Lopes, em jogada individual, quase marca, num balaço que estorou no travessão. No lance seguinte, ele fez o seu merecido gol, dando números finais para a partida. Após receber bom passe de Carlos Alberto, Lopes chutou no cantinho de Clemer. 3 a 1.

Enfim vencemos e saímos do sufoco. Agora é partir com tudo para cima do Paraná e conseguir mais três pontinhos em casa. Quem sabe com mais vitórias, respondemos certas pessoas que insistem em plantar notícias falsas só para desestabilizar o ambiente das Laranjeiras.