O Z4 é logo ali. Nos últimos sete jogos o Fluminense ganhou apenas um ponto (empate contra o Coritiba), e além de ter a pior campanha do returno, tem o pior futebol do campeonato neste momento, o que implode esperanças de dias melhores se não for feito nada diferente, a mais, e/ou melhor, do que tem sido feito.

Ontem parecia que seria diferente. Logo aos três minutos Gerson fez boa jogada e obrigou o veterano goleiro palmeirense a fazer boa defesa. O adversário se posicionava totalmente atrás da linha da bola, deixando esta em poder do Fluminense e esperando um erro para poder tentar fazer o seu gol, erro este que não aconteceu, pois Cavalieri poderia estar na arquibancada que não teríamos levado gol no primeiro tempo.

Contudo, a posse de bola adianta pouco para um time desorganizado e sem confiança como este atual do Fluminense. O time rodeava a intermediária, mas não sufocava o Palmeiras, embora Fred tenha perdido um gol que não costuma perder (e ele terminaria sendo ainda mais decisivo nesse jogo). Em falha do zagueiro deles, Jean acertou bom chute e levou justiça para o placar: 1 a 0 e fim de papo no primeiro tempo.

O Palmeiras briga pelo G4, estava jogando fora de casa contra um time em franca decadência e precisava arriscar. Inverteu a postura extremamente conservadora adotada na etapa anterior e com dez minutos do segundo tempo já havia chegado mais a área do Fluminense do que fizera até então todo o jogo, mas quem esteve mais próximo do gol foi o Fluminense quando em jogada de contra-ataque Cícero cavou um pênalti. Era a chance de o Fluminense jogar uma ducha de água fria no ânimo palmeirense e abrir 2 a 0. Fred chutou pra fora a bola e a tranquilidade do time.

Quando o capitão, experiente e líder do time é decisivo negativamente como foi Fred perdendo um gol no primeiro tempo e o pênalti no segundo é porque a coisa está muito feia. Foi a senha que o adversário precisava. Em um show de falhas individuais de Marcos Junior e Antônio Carlos, o Palmeiras desandou a fazer gols, e foram quatro. Inacreditável!

Enderson sendo chamado de burro. Torcida chamando o time de sem vergonha. Sexta derrota no sétimo jogo do returno. A corda arrebentou em quem sempre arrebenta mesmo. Enderson foi demitido. A luta é para fazer logo uns doze ou treze pontos e acabar o ano com o mínimo de dignidade.

Tricoladas

A demissão do Enderson era mais que previsível, desejada, pois não foi capaz de manter a competitividade do time com os problemas que aconteceram, mas para #azar# nosso, não há técnico de ponta algum disponível no mercado. Falar em Celso Roth, Adilson Batista e Renato Gaúcho é brincadeira de péssimo gosto, é cavar o abismo com os próprios pés.

Mesmo achando no mínimo deselegante (pra não dizer desrespeitosa) a forma como se deu a saída do Muricy, ele parece ser o único #disponível# em condições de reverter o quadro e planejar 2016, mas até que ponto a política interna do clube permitiria sua contratação eu não sei.

Lugar de torcedor é na arquibancada. Quem vai quebrar patrimônio do Clube a agredir pessoas é bandido. A mim eles não representam como torcedores.

A BENÇÃO, JOÃO DE DEUS!

Saudações Tricolores!

Marcus Bomfim - marcus.bomfim@gmail.com