Amigos tricolores: futebol, para nós, em vez de lazer, virou motivo de aborrecimento. Quem viu Fluminense e Boa Vista, ou Barreira, ou Bacaxá, ou sei lá o quê, aquele time que tem Erivelton (goleiro de 1,60 de altura), Valdson, Arilson, Alex Alves (barrigudo, rico e totalmente fora de forma), enfim, quem viu este jogo, no Maracanã, não tem direito a ter esperanças.

Estamos fodidos.

Foi um vexame, a vitória de 4 a 3. Se o Americano vence o Volta Redonda por um a zero, ou dois a um, resultados que todos esperávamos, ainda assim estaríamos desclassificados, porque iríamos precisar de uma vitória com três gols de diferença.

E este Fluminense de Branco e Joel Cachaça não vence por diferença de dois ou três gols nem mesmo o time das atrizes da Globo.

Este time do Fluminense não consegue meter três gols de diferença nem mesmo no time de Brasília chamado de Gerovital, em que o jogador mais jovem, o que mais corre, tem 45 anos.

Patético, ridículo, desmoralizante, todos esses adjetivos se aplicam ao Fluminense de hoje. Vencemos por 4 a 3, mas poderíamos, nos minutos finais, ter tomado a virada do Bacaxá (é este mesmo o nome?) e ter perdido de 5 a 4, facilmente.

E, hoje, minha opinião é bastante clara: temos um sério problema de técnico, de treinador. O Joel é muito bom para tirar o Flamengo ou o Vasco de situações de desespero, salvá-los de rebaixamento.

Mas eu, como torcedor do Fluminense, quero um treinador que desenvolva um trabalho de longo prazo, que imponha uma filosofia, uma marca de qualidade, de princípios. E o nome não é o Joel.

Esgotou-se em mim a cota de tolerância. Não podemos mais aturar Carlinhos atuando como meia-esquerda e chutando em gol todas as bolas que recebe; Arouca como ponta-direita; Alex Dias como armador.

Não é possível o Fernando Henrique não sair do gol na bola enfiada longa para o Alex Gordo, e sair apenas para fazer o pênalti ridículo. Não é possível que nossos atacantes sejam o Thiago Silva e o Luiz Alberto, porque os atacantes escondem-se do jogo.

O Carlos Alberto, 300 mil por mês, não pode entrar em campo apenas para ostentar a cintura gorda, e não conseguir sequer um chute a gol, perder bolas ridículas, apresentar-se como um Esquerdinha da vida. E fazer beicinho depois nas entrevistas.

Está na hora de repensar tudo, antes que o rebaixamento para a segundona seja uma ameaça concreta.

Precisamos de um volante (alguém viu o Fabinho em campo, depois da cabeçada que aplicou no Roger e permitiu o segundo gol deles?).

Precisamos de um jogador que #pense# o jogo, que organize o meio de campo.O Bacaxá, hoje, parecia o Liverpool, deitou e rolou. Nosso time não marca ninguém, é um bando de covardes, e o técnico não existe.

Precisamos de um centro-avante que saiba fazer gols, receber e dominar a bola, que saiba chutar, cabecear e fazer gols.

Precisamos de um lateral esquerdo. Júnior César, neste domingo, teve uma atuação das mais patéticas e tristes que vi um jogador profissional realizar.

O pobre coitado tropeçava na grama. A bola, para ele, era um problema insolúvel, não sabia o que fazer com ela.

O lateral esquerdo do Saquarema, comparado ao nosso Júnior César, parecia o Kroll da Holanda, o Breitner da Alemanha, o Nilton Santos, o Marinho Chagas, o Júnior, o Branco. Fez até gol!!

O Valdson Cachaça, na zaga do Bacaxá, parecia o Beckenbauer, o Bobby Moore, o Passarela, o Edinho, desarmava todo mundo com incrível facilidade, carregava a bola até a nossa defesa e armava jogadas perigosíssimas. Ganhava todas as divididas, em cima e em baixo.

O Arilson, ex- Flu, com 1,58 de altura e 40 quilos, parecia o Carlos Alberto Torres, o Zé Maria, o Nelinho. Desarmava nossas moças e ia ao ataque com perigo.

Caguei-me de medo quando entrou em campo Alex Alves, com 102 kg. Se a gente perde este jogo, cairia para a segunda divisão do Campeonato Carioca.

E o Alex Alves, com pinta de quem está cheio de cerveja, de quem comeu uma ótima feijoada, quase desequilibra o jogo no final.

O Americano, que contra nós parecia o time do Liverpool, foi facilmente derrotado pelo Volta Redonda do gênio, do mago, do fodão Dário Lourenço. O Voltaço, um time que perdeu de 5 ou 6 para o Vasco, com gols de cabeça do Romário!!

Para encerrar o sofrimento de todos nós: ainda dá tempo de reformular tudo. Precisamos de um técnico (não é possível mais ter paciência com o superado, o obsoleto Joel Cachaça). E preparam-se: vem aí a troca: Joel Santana no Vasco e Renato Gaúcho no Fluminense.

Precisamos de um lateral esquerdo que saiba que a bola é redonda, que tenha corpo de homem, colhões, vontade, que saiba jogar um pouquinho de futebol.

Precisamos de um volante que se imponha, que saiba marcar, que tenha presença física e um bom passe. O Fabinho, perto do Marcão, do Cabofriense, parece um aidético, de tão fraco, de tão limitado, de tão derrotado...

E precisamos de um centro-avante que tenha intimidade com o gol, que saiba marcar e que assuste a defesa adversária.

Enfim, amigos, não agüento mais Joel Cachaça, Júnior César, Ivan, Fabinho, Cícero, Alex Dias, Soares, Rafael Moura. Os caras já entram em campo para perder, não têm dignidade, vontade.

E aquela careta de sofredor do Joel, de quem quer chamar mamãe??

E o Carlos Alberto, ou vira homem, ou vai também à merda. Não está jogando como homem, mas como um viadinho. Não é possível que o jogador mais bem pago do futebol brasileiro tenha atuação tão ridícula. E que faça beicinho na saída, recusando-se a dar entrevista.

Tivemos (e temos tido) apenas dois homens, dois profissionais, sérios, aplicados, aguerridos, inconformados, neste lamentável jogo de domingo, e nos jogos anteriores: Thiago Silva e Luiz Alberto.

Até mesmo o guerreiro Roger jogou mal, embora seja compreensível, porque passar várias partidas no banco vendo essa barangada jogar seja duro.

Claro que parte imensa da culpa é da baleia incompetente Horca e seus cagões nas calças, o Tote, o Alcides Antunes, além dos que estão destruindo Xerém e que se eternizam no Flu.

Parte enorme da culpa também é do Branco (puro engodo como dirigente). É também responsável pela cagada geral o Joel Cachaça, que não consegue dar padrão de jogo a este bando de desqualificados, preguiçosos e perebas.

Perdoem, amigos, o pessimismo, mas quem viu o jogo sabe muito bem do que estou falando.

Nota 0 para o nosso "técnico", que não consegue dar padrão ao time. Nota 0 para a "diretoria", que tem um desastre em forma de molusco na "presidência".

Fluminense 4 x 3 Boa Vista: Fernando Henrique (0); Carlinhos (0) depois David (0), Thiago Silva (6, pelo esforço), Luiz Alberto (7, pelo esforço e pelo gol), e Roger (4) depois Júnior César (0); Fabinho (0), Arouca (2), Cícero (2, só pelo gol), Carlos Alberto (0); Alex Dias (4) e Soares (1) depois Rafael Moura (2, só pelo gol).

Cartões vermelhos: Fernando Henrique # lamentável . Teve a chance de sair e chegar antes do atacante e dar um bico na bola. Mas ficou pregado no chão e, quando saiu, fez um pênalti ridículo.

Gols: Cícero, aos 4 minutos do primeiro tempo; Luiz Alberto, aos 16, Rafael Moura, aos 28, e Carlos Alberto, aos 34 do segundo tempo.