Fluminense 2 X 2 Ceará - Por Cezar Motta - 26/05/2005

Vamos vencer lá em Fortaleza e nos classificar. Tudo que envolve o Fluminense, nos últimos tempos, tem que ser mais difícil, mais sofrido. Estamos vivendo a mesma sensação da derrota no primeiro jogo das finais contra o Volta Redonda, quando vencíamos também por 2 a 0 e permitimos a reação deles. O final do filme deve ser igual, com uma vitória sofrida, arrancada do fundo da alma lá em Fortaleza. Temos mais time, mais tradição, mais camisa, mais responsabilidade.
O Kleber falhou no primeiro gol, sim, mas a curva da bola foi impressionante, e não é possível que se deixe um jogador tão livre para chutar daquele jeito, mesmo de longe. O time relaxou de forma imperdoável depois do segundo gol, assumiu o papel de Milan, enquanto o Ceará incorporou o espírito do Liverpool, acreditou sempre. O Abel teve a sua parcela de culpa ao recuar o time, com Maicon, que não tem condições de jogar em time grande, e o ainda verde Fernando. A partida não estava definida. Espero que o Abel, aliás, tenha aprendido nas últimas semanas algumas lições que podem torna-lo um dos técnicos de ponta do país.
A primeira delas é que não adianta reclamar do calendário e insistir no cansaço co como justificativa para maus resultados. Aparentemente, o mais cansado pelas viagens, pelo excesso de horas de aeroporto e de avião, o mais esgotado psicológicamente, era ele próprio, o comandante. E repetir isso, reclamar, pode ter atingido também os jogadores. Ora, o calendário é esse aí, não adianta reclamar. Se estamos jogando duas vezes por semana é porque viemos bem, ultrapassando fases na Copa do Brasil. Quem tem jogado apenas uma vez por semana, tem o privilégio justamente porque já está eliminado, como o Coritiba. E se formos à Libertadores, com viagens por toda a América do Sul, com jogos na altitude de La Paz e das cidades do Equador, vamos continuar lamentando a nossa sorte?
Sobre o jogo, o espírito do time esteve perfeito até o segundo gol, embora sejam cada vez mais evidentes as limitações técnicas do time, que não tem um criador de jogadas, que joga mais na base do suor. Quando o ritmo cai, perdemos o controle do jogo. Estamos mal também em outro quesito: os chutes de fora da área. O Flu está previsível e lento na saída da defesa ao ataque, o que vinha sendo nossa maior virtude. Anulados Gabriel e Juan, ficamos restritos aos rodopios intermináveis de Juninho e Leandro. Mas, como disse, vamos vencer lá em Fortaleza. Antes, porém, temos um compromisso: empurrar o Flamengo ainda mais para baixo, com uma boa vitória neste domingo.
Fluminense 2 x 2 Ceará: Kleber; Igor, Marcão e Fabiano Eller; Gabriel, Arouca, Preto (Fernando), Juninho (Rodrigo Tiuí) e Juan; Leo Guerra (Maicon) e Leandro. Cartões amarelos: Juninho, Preto.

Cézar Motta - cezar_motta@uol.com.br


 
JOGOS ANTERIORES:

Fluminense 3 x 1 Toluca - 24/07/2002
Fluminense 0 x 1 Palmeiras - 21/07/2002
Fluminense 1 x 0 Corinthians - 14/07/2002

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