FLU 0 x 0 FLA

Mais um 0x0, mais um jogo que não conseguimos sair com a vitória, o que quase normatiza e torna nossa observação quase que assim disciplinada pelas histórias precedentes, o que não foi diferente no domingo, onde os problemas são os mesmos e o Parreira protagoniza o enxugamento do seu crédito, municiando as especulações de plantão sobre sua saída, agora então, que há fantasmas graúdos rondando por ai, fantasmas, aliás, capazes até de dar mais visibilidade à marca da Unimed, faltando-lhes, contudo o pendor da subjugação e fanfarronice que possa divertir o todo poderoso dono do cofre.

Bom... Quanto ao jogo, esse "time que está em formação" há a percepção que está correndo um pouco mais, entretanto, incapaz de sustentar a pressão além daqueles 15 minutos iniciais o que possibilita ao adversário o equilibrou do jogo e a partida fica parelha invariavelmente. Thiago Neves, ontem com uma discreta melhora vai embora sem deixar saudades dessa sua passagem, infelizmente, apesar de que na maioria das partidas atuou fora de sua posição, o que já parece ser uma síndrome nesse time do FLU, essa coisa de jogar fora da posição original.

A marcação no meio-campo, a saída de bola e a aproximação melhoraram um pouco com a entrada do Diguinho, já fora assim contra o Grêmio, e se repetiu contra o FLA, o que justifica estes quase não terem passado do meio do campo no primeiro tempo. Não fosse a ausência de laterais, o Fred receberia mais bolas em condições de marcar, e estaríamos aqui discutindo quem teria condições de incomodá-lo na artilharia do campeonato. Aliás, essa coisa dos laterais é de uma obviedade saltitante, nem sei se vale à pena falar disso, apesar de que o João Paulo ontem foi um pouco menos ruim que o habitual, não comprometendo de todo. Reside, porém a dúvida e o mistério da não-escalação do Augusto, salvo algum problema grave extra-campo que impediu a sua escalação. Será que os míseros 75 minutos de partida contra o Avaí foram suficientes para um julgamento de valor sobre a utilidade do Augusto? Claro que não se trata de um craque, tem mais experiência e certamente não é pior do que o João Paulo, o que sugere ser uma acomodação defensiva ao gosto do Parreira.

Na defesa não fomos tão incomodados, salvo algumas insinuações vazias do Adriano, tido como a grande expectativa rubro-negra, também acabou decepcionando e espero seja sempre assim.

O Fabio Santos precisa estrear logo, não é crível que seja pior que o Wellington Monteiro. No gol, Ricardo Berna a cada partida consolida mais sua posição, produz uma distensão que reflete em toda a equipe e principalmente na torcida, e mais ainda na "isordílica" e velha torcida tricolor.


Bom, julho está ai. Julho é o mês de aniversário do clube. O que isso que dizer? Que o clube não cobra jóia para os que se associarem neste mês. É uma economia de R$ 148,00. Precisamos nos associar, precisamos trazer o poder para as mãos da torcida.


Retrô:


(...) ?Sob a liderança de Ronaldo? (Boscoli) e do alto de sua autoridade de ex-reporter esportivo da revista Manchete, fundamos ? Hugo Carvana, Paulo César Oliveira, Carlos Leonam, João Luiz Albuquerque e o jovem Chico Buarque de Holanda ? a torcida Jovem Flu, para estimular o time e pressionar a diretoria por mais reforços. Em 1968 a palavra-chave que representava tudo de bom era "jovem". Mas outro tricolor histórico, o velho Nelson Rodrigues não achou muita graça. Ou achou graça demais. Afinal, sempre que perguntado sobre que conselho daria aos jovens respondia sem hesitação:

- Envelheçam depressa!

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Extraído do livro A Breve e Gloriosa História de uma Máquina de jogar bola, do também escritor Nelson Motta.