SEMPRE FLU

Flusão Campeão! Que satisfação...

Ser campeão, seja do que for, é uma emoção única e indescritível. Tanto de uma copinha do filho no colégio, quanto do time de coração. Ambos emocionam e inflam o ego.

E conquistar um torneio que provoca uma reflexão e alento ao atraso do futebol nacional, mesmo que embrionário e posto em xeque por muitos, nos coloca novamente na vanguarda do esporte e ratifica nossos objetivos e protagonismo contra os mandos e desmandos das usurpadoras federações, e na busca por um futebol mais profissional e rentável. E firmando ou não, já está na história.

Esses motivos inclusive, levaram milhares de tricolores à cidade mais carioca de Minas para empurrar na marra o nosso limitado - mas muito empenhado - time a mais uma conquista, interrompendo um jejum que já começava a incomodar. Ainda mais que títulos são vitais para qualquer clube, pois promovem mais visibilidade, melhores receitas, novos torcedores, confiança e a atenção de bons jogadores, que preferem sempre jogar num time vencedor. É o que fica...

Pena apenas os inúmeros problemas fora de campo. A organização e segurança do evento são outros pontos que precisam urgentemente serem corrigidos e resolvidos no futebol brasileiro. Os clubes não podem continuar rasgando dinheiro e tratando mal seu principal ativo: os torcedores. Inadmissível a desorganização para que 25 mil pessoas adentrem um estádio (seja aonde for); e o caos para manter a ordem depois.

Dentro de campo, local apenas dos atletas e de quem trabalha no evento, embora o jogo não tenha sido um primor de técnica, não faltou vontade e emoção. FLU iniciou com ímpeto de vencedor, até mesmo pela necessidade de afirmação de muitos, porém faltou um pouco de capricho e talento para abrir o marcador. E depois sobrou sorte (que todo time para ser campeão precisa) ao não sofrer gol em dois lances seguidos do time paranaense. Afobação e opção pela jogada errada, foram a tônica na primeira etapa.

Já no segundo tempo, o jogo que se cozinhava em banho-maria, ferveu com a entrada de dois aguerridos tricolores: Édson e Marco Júnior. Passamos a marcar com mais pegada e recuperamos algumas bolas que nos possibilitaram ótimos contra-ataques. Mas como de praxe, faltou aquele algo a mais na hora de concluir o lance. E assim perdemos umas duas, três oportunidades que não se pode perder numa decisão. Mas pouco depois de perder uma ótima chance em que o Magno Alves não chutou nem tocou bem, e noutra que o Marco Júnior não se jogou na bola; este teve novamente o caminho livre em direção ao gol após uma ótima jogada do veterano Magno Alves. E quando parecia perder o controle da jogada e começávamos a xingá-lo, o Resolve literalmente resolveu.

Repôs o FLU ao seu lugar de destaque, e mesmo que não seja (ainda) uma conquista de grande renome, pôs em êxtase todos os presentes e os milhões que vinham pela TV. E voltar a ver um estádio lotado de tricolores e a festa da torcida mais bonita do país, tricolores se cumprimentando nos bares e nas ruas, e vestindo seus trajes de gala nas ruas, é incomensurável. Afinal é muito bom ser campeão.

Quanto às atuações, maiores destaques para mim foram as participações dos suplentes Édson e Marco Júnior, inseridos muito bem pelo Levir no lugar de dois inertes jogadores (o que trouxe novamente o jogo para nosso controle); e do Magno Alves, que viu e efetivou com maestria o passe para o gol do título.

Quanto as avaliações:

Cavalieri - a frieza e segurança de sempre. Não teve muito trabalho, e quando teve, em dois lances no fim do primeiro tempo, e no segundo em faltas próximas a nossa meta, deu sorte. Nota 6.

Wellington Silva - bem na marcação, que é a função principal de um lateral, mas continua afoito no apoio e optando sempre pela jogada errada. Mas é a melhor opção de transição da defesa para o ataque atualmente. Nota 7.

Gum - atuação firme e segura. Só num lance o Válter levou vantagem. A mesma raça de sempre. Nota 6,5.

Henrique - um pouco mais de recurso e tranquilidade que o seu colega de zaga. Nota 7.

Giovanni - não comprometeu na defesa, porém é muito limitado. Tanto é que foi substituído por um jogador que nem lateral é. Nota 5.

Douglas - Teve tempo apenas de reforçar a marcação. Nota 5.

Pierre - Muito empenho e boa proteção a zaga, que melhorou consideravelmente depois que foi efetivado. Nota 7.

Cícero - Aquém do decisivo jogador que é. Nitidamente é desperdiçado quando atua de volante. Mas o time melhorou quando o Édson entrou de volante e ele voltou a sua posição correta. Nota 6,5.

Gustavo Scarpa - Um faz tudo no time, carrega o piano. Mas prendeu demais a bola em alguns lances e praticamente não concluiu a gol. Nota 7.

Gérson - Desperdício. Sabe jogar, mas é muito mole e frio para um jogo decisivo. Nota 6.

Édson - Substitui o indolente do Gérson e mudou o jogo. Entrou com vontade de vencer, roubando bolas e puxando bons contra-ataques. Nota 8.

Osvaldo - Muita correria e empenho, mas pouca efetividade. Saiu morto de tanto correr errado. Nota 5.

Marcos Junior - Parecido com o Oswaldo, a quem substituiu. Porém busca e chuta mais a gol. E o principal, fez o gol do título. Nota 8.

Magno Alves - Usa bem toda a sua experiência, mas não tem mais o ímpeto de outrora (quando já era limitado). Porém teve mérito ao dar o excelente passe para o gol do título. Nota 7.

Levir - Arrumou a defesa, e está tirando leite de pedra no ataque. E fez muito bem as substituições que proporcionaram a vitória. Nota 8.

Já nossa torcida, nota 9 pelo deslocamento, paciência e bela festa. E 1 pela parte sem noção que ainda insiste em tumultuar.

Agora, é curar imediatamente a ressaca e vencer o aguerrido time do grande Ricardo Gomes, em busca do Estadual, para aí sim, fazermos os nefastos do futebol carioca se rasgarem mesmo de ódio. Pois só títulos #Resolve# nossa situação. Valeu Marcos Junior!

Bom fim de semana!
Saudações Tricolores.

p.s. E fazendo nossa parte (A BENÇÃO JOÃO DE DEUS!) quero o time protegido do campeonato na final. Afinal só se quebra um escrita, enfrentando-a.