Foi um final de semana atípico, com as principais atenções voltadas ao futuro das cidades e ao retrato da política após o impedimento da outra, cujo descontentamento já é notório com a grande quantidade de abstenções, votos brancos e nulos.

Entranhado nesse reboliço tivemos uma rodada do Brasileirão, que de ontem para hoje, ganhou mais duas vagas para a pré-Libertadores. Mas Sábado, num ótimo horário (enquanto ainda não está calor) para futebol (para quem assiste na TV ou vai ao estádio, principalmente com a família), o FLU parecia novamente se complicar. Jogo começou confuso, com nosso time tomando sustos e o gol.

Prevalecia aquela afobação e a insistência em jogadas improdutivas.
Cícero e Scarpa sumidos, Marco Júnior correndo igual barata tonta e Wellington produzindo pouco com seu excesso de dribles.

Bem em campo aquela altura, numa atuação mais centrada, somente o lateral Wellington Silva (melhor do FLU no jogo); o goleiro Júlio, bem seguro e que fez uma defesa milagrosa com os pés no fim do primeiro tempo; o Pierre, que dá outra postura tática e segurança ao time; e a defesa, que apesar do gol contra, segurava razoavelmente bem os perigosos contra-ataques do time pernambucano, principalmente após a insistente mania do William (não precisa Matheus, pois só tem ele) em arremessar o lateral direto para a área, que o adversário levou vantagem em todas e gerou seguidamente (vai ser burro assim na Gávea!) 3 ou 4 perigosos contra-ataques. Sem falar que raramente vi esse tipo de lance dar certo.

Por isso, no primeiro tempo, além de um chute cruzado do Scarpa, tivemos apenas uma chance clara de gol, num lançamento do Cícero para o Wellington Silva, que se deslocou muito bem, dominou com categoria e tocou macio para o Marco Júnior (que finalmente se posicionou como centroavante) chutar em cima do experiente goleiro Magrão.

Segundo tempo, numa substituição que pareceria arriscada, principalmente porque daria mais espaço aos contra-ataques do time pernambucano, voltamos para o abafa, e por sorte (pois com o passar do tempo viria o nervosismo) logo conseguimos o empate com o Marco Júnior após rebote de uma jogada individual do Wellington e depois aproveitando o ímpeto, viramos num belo passe do Wellington (que recuperou a bola após aquele irritante cobrança de lateral do William) e forte chute cruzado do Richarlison, que tem entrado melhor agora.

Então veio novamente uma substituição discutível (entrando o Marquinho, nitidamente fora de forma), fazendo o time voltar à formação conservadora (que jogou o time para trás) e tomar sustos, inclusive com mais uma defesaça do Júlio, até a escapada e golaço do Scarpa, que sacramentou o resultado.

Agora é encontrar o equilíbrio tático para jogar bem os dois tempos e a melhor formação para as 10 rodadas decisivas e sprint final. Indefinição está só por conta do centroavante, cujo rodízio continua.

É buscar a melhor colocação possível, sem acomodação com essas novas vagas. Tem que buscar a classificação direta, tentar o máximo. E para isso temos dois jogos decisivos pela frente, contra concorrentes diretos, que requerem todo empenho e atenção.

E reconhecimento especial novamente a Baixada. Atmosfera da torcida ali ajuda demais.
Diretoria poderia inclusive promover mais eventos na Região, para angariar novos torcedores e mesmo quando reabrirem o Maracanã, continuar fazendo ali, em jogos com menor apelo, sua pressão.

Boa semana!

p.s. E bobagem essa de vaiar ex-jogador. Diego Souza é muito bom de bola. Ainda o queria no FLU.

Lierson Ribeiro - lierson@bol.com.br