Flu 1 X 0 Cruzeiro - O Freguês Sempre Ajuda - Por Cezar Motta - 12/11/2006

Vencemos e, por causa da vitória, ninguém mais vai falar nisso, assim como o locutor e o comentarista do Sportv não comentaram mais: Evando sofreu um pênalti claríssimo logo no começo do jogo. Entrou na área com a bola, pela direita, e o Gladstone, que bateu o jogo inteiro, o empurrou com as duas mãos.

O Leonardo Gaciba não aceita marcar pênaltis contra o Fluminense, desde que o Petkovic desperdiçou aquele contra o Coritiba no ano passado.

Pênalti muito mais claro do que os que o Antônio Hora Filho (anotem este nome...) marcou a favor da Ponte Preta, no verdadeiro escândalo que foi o jogo.

No segundo pênalti, que simplesmente não existiu, o zagueiro Preto bateu duas vezes e o goleiro Bruno, do Flamengo, defendeu limpamente, nas duas vezes. O larápio mandou repetir, até que a bola entrasse. Tiveram até que trocar o cobrador.

Pelo menos pra mim, está claríssimo: há esquema pra ajudar os paulistas. Não sei se via Federação Paulista, se via os próprios clubes. Mas que há, há. Na vitória do São Caetano contra o Figueirense, no meio da semana, expulsaram três do Figueira. Atenção ao Antônio Hora, ao Evando Roman, à turma suspeita de sempre.

Mas vamos ao jogo: pênalti no Evando. Os próprios narradores do Sportv atestaram, timidamente, escondidamente. E não se falou mais nisso. Não se repetiu mais o lance. E aí o Gabriel começou a jogar e criou duas boas chances. Como a torcida do
Sportv era pelo Cruzeiro, inventaram que #Gabriel está dando um baile no Marcelo#. Ridículo.

O Fluminense corria demais, por causa da ansiedade, o que, como sempre, precipitava erros. Por exemplo: a marcação é feita sempre de forma totalmente errada. Em vez de esperar de frente o adversário para tentar o desarme, os jogadores do Flu, invariavelmente, correm atrás do adversário que tem a bola.

Isso resulta em marcação ruim, faltas que resultam em cartões, porque feitas por trás, e defesa sempre aberta, o que nos deixa com os cabelos em pé. Mais ainda: isso provoca cansaço, porque os jogadores correm mais do que o necessário, estão ansiosos e nervosos, o que cria a falsa impressão de falta de preparo físico.

Mas o time jogava bem, finalmente. Foi a melhor partida do Evando no Flu; o Pitbull, enquanto teve gás, também foi perigoso; o Pedrinho vai, aos poucos, se soltando. Eu manteria o Rogério no time, como volante, no lugar do Romeu, com a volta do Marcão. O Rogério entrou bem no jogo, e parece que rende melhor ali no meio.

O Roger, como todos sabíamos, não pode ficar fora deste time nem que a barriga do Horcades exploda. Foi o melhor do time, principalmente para segurar o resultado. Foi dele o desarme que resultou no gol. Tomou a bola de um cruzeirense, deu ao Saint Moritz, que esticou para o Evando, e saco! Excelente, o Roger.

O time não deu pra entusiasmar, no entanto, porque o Cruzeiro joga no ritmo do Osvaldinho: preguiça pura, moleza total. Quando tinham que atacar, parecia que iriam cair no sono. A defesa, pau puro, mas frágil. O Gladstone fez o pênalti no Evando e bateu o tempo todo, por trás, pela frente, pelo lado. Idem o André Luís.

Na volta para o segundo tempo, o Flu poderia ter liquidado o jogo e metido uns dois gols. Criou as chances, marcou a saída de bola do Cruzeiro e retomou várias bolas perto da área deles, mas as conclusões, como sempre, eram ruins, por causa do nervosismo, da ansiedade.

No intervalo, entrou o Rogério no lugar do André Moritz, o que deu mais segurança à defesa, embora tenhamos perdido no toque de bola. O time mostrou uma garra que, se houvesse depois da Copa, nos teria deixado disputando vaga na Libertadores. Até o Pedrinho deu carrinho, fez desarmes, foi um leão.

Pena que Alex e Osmar sejam muito ruins. Entraram nos lugares de Pitbull e Evando e não conseguiram nem dominar as bolas que chegavam a eles. Um pouco mais de talento, de disposição, de inteligência, e um deles poderia ter matado o jogo, no final.

Que sofrimento! E o Gaciba ainda marca uma falta aos 46 minutos do segundo tempo em frente à área do Flu, em um lance muito mais normal do que o pênalti sofrido pelo Evando, no primeiro tempo. Felizmente, o tal Wagner isolou. Se o Cruzeiro empata ali, seria o fim do mundo.

O PC esteve mais calmo, gritando menos.Vamos esperar que agora, com uma semana de treinamento pela frente (o próximo jogo é contra o Curintcha, domingo que vem), e o jejum de vitórias quebrado, o time tenha tranqüilidade pra vencer os gambás lá, o que não é difícil. Eles não têm mais chances de Libertadores, não têm por que brigar, embora o Leão não dê folga. Vai querer derrotar o Flu.

Nossa única chance de não cair é, pelo menos, empatar com o Curintcha e vencer Santa Cruz fora e Parmêra em casa. Seriam sete pontos que nos tirariam do inferno, porque a Ponte não vai vencer todos os seus jogos. Mas uma derrota pode ser fatal para o Flu, porque a arbitragem está francamente a favor dos paulistas.

Fluminense 1 x 0 Cruzeiro. Ricardo Berna (5); Gabriel Santos (5), Thiago Silva (6) e Roger (8); Rissutt (3), Romeu (6), André Moritz (5) depois Rogério (6), Pedrinho (6) e Marcelo (5); Pitbull (6) depois Osmar (sem nota) e Evando (7) depois Alex (sem nota).

Gol: Evando, aos 42 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Romeu e Marcelo

Cezar Motta - cezar_motta@uol.com.br


 
JOGOS ANTERIORES:

Fluminense 3 x 1 Toluca - 24/07/2002
Fluminense 0 x 1 Palmeiras - 21/07/2002
Fluminense 1 x 0 Corinthians - 14/07/2002

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